Shein tornou-se pioneira no ‘fast fashion’ 2.0, ultrapassando Zara e H&M

9 meses atrás 89

De acordo com uma pesquisa da empresa Coresight, a empresa chinesa de fast fashion, que atua apenas online, gerou em 2022 um total de 23 mil milhões de dólares em receitas globais.

O grupo Inditex, dono de marcas como a Zara, Massimo Dutti, entre outras, e a marca sueca de moda, H&M, preparam-se para divulgar os seus resultados de vendas mais recentes, no entanto esta divulgação vem numa altura em que a marca de fast fashion, Shein, está pronta para uma Oferta Pública Inicial, segundo a ‘Reuters’.

De acordo com uma pesquisa da empresa Coresight, a empresa chinesa de fast fashion, que atua apenas online, gerou em 2022 um total de 23 mil milhões de dólares em receitas globais.

A Shein representou quase um quinto do mercado global de fast fashion em 2022, ultrapassando marcas como a Zara e a H&M. A empresa chinesa compete com preços muito baixos que atraem facilmente os compradores, e que criam uma ‘ameaça’ no mercado de vestuário e acessórios baratos face às outras empresas.

De acordo com Rui Ma, analista e fundador da revista de tecnologia Tech Buzz China, “a verdadeira força da Shein é reconhecer que eles não têm ideia do que nós queremos vestir”, afirmando que  “eles confiam na capacidade de aumentar a produção muito rapidamente”.

Existem algumas características em comum entre as três marcas, Shein, Zara e H&M, são as três conhecidas por replicar looks de passarela e entregá-los aos consumidores a um preço mais baixo, tendo as três enfrentado já várias críticas sobre roubo de designs.

A Shein tem sido a principal acusada deste tipo de plágio, tendo enfrentado um processo judicial em julho. No entanto a principal estratégia da empresa é recorrer a uma rede de fornecedores, principalmente baseados na China, que contrariem as tendências tradicionais de produção, aceitando pedidos iniciais pequenos que depois possam ser aumentadas consoante a procura pelos produtos.

Foi a partir deste modelo de cadeia de abastecimento que se tornou possível que a Shein criasse um modelo de negócio diferente do das principais marcas do mercado, como a Zara e H&M, que foram as pioneiras na redução dos prazos de produção, mas que estão dependentes de estilos que os consumidores irão comprar.

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