Sindicato volta a alertar: Governo deve opor-se a venda segmentada da Altice Portugal

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O STPT foi recebido esta terça-feira por dois representantes do ministro Miguel Pinto Luz, no ministério das Infraestruturas e Habitação, onde expressou as principais preocupações em relação ao processo de venda da empresa de telecomunicações. Houve “genuíno interesse”.

O Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Altice Portugal (STPT) foi recebido esta terça-feira por dois representantes do ministro Miguel Pinto Luz, no ministério das Infraestruturas e Habitação, onde expressou as principais preocupações sobre o processo de venda da operadora de telecomunicações.

Houve “genuíno interesse” nas declarações do STPT e foi confirmado que o Executivo ainda não teve qualquer contacto formal com a Altice Portugal em relação à venda.

Três meses depois da reunião com o então secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa, Mário Campolargo, o STPT reuniu-se com membros do gabinete do novo Governo, a quem referiu que a Altice Portugal é “um ativo estratégico” para os interesses do país em termos de comunicação, defesa e segurança

“Assim sendo, é imperativo que o Governo cumpra, e faça cumprir, o disposto no decreto-lei nº 138/14 de 15 de setembro, não apenas através de um acompanhamento exigente da transação, como também, que não abdique do seu direito de análise e de oposição à transação, se for entendido que os adquirentes não dão garantias da salvaguarda dos interesses estratégicos portugueses e dos direitos dos trabalhadores”, defende o STPT.

Os representantes dos trabalhadores da Altice Portugal vão mais além e reiteram que o Governo de Luís Montenegro deve utilizar “todos os meios ao seu dispor para se opor a uma venda segmentada” da empresa, que tem reunido “capacidade” e “competências únicas” ao longo dos anos. Mais: deve tentar influenciar investidores portugueses, interessados em que a empresa volte à bolsa, a entrarem na corrida.

O STPT alertou ainda a equipa de Miguel Pinto Luz que os sindicatos e comissão de trabalhadores têm o direito a informação prévia sobre o futuro contrato transmitente-adquirente da Altice Portugal, bem como sobre consequências jurídicas e socioeconómicas para os recursos humanos, que antecipam como “gravosas” se a venda ocorrer em separado.

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