As entidades sindicais alertam que os trabalhadores bancários enfrentam uma perda do poder compra, pressão para concretizarem objetivos “irrealistas”, mas também horas extraordinárias não pagas.
Os sindicatos bancários uniram-se para avançar com um conjunto de ações que vão desenvolver para a defesa dos trabalhadores das instituições financeiras, penalizados pela perda do poder de compra num período marcado pela inflação elevada.
“Os sindicatos do sector bancário [STEC, SNQTB, MAIS Sindicato, SBN, SIB, SBC, e SinTAF] reunidos esta segunda-feira, 22 de abril, decidiram unir esforços e avançar com um calendário de ações conjuntas para a defesa dos trabalhadores bancários”, afirmam num comunicado divulgado esta terça-feira.
Isto numa altura, dizem, em que os trabalhadores “confrontam-se diariamente com a perda acumulada de poder de compra, para ativos e reformados, pressão para a concretização de objetivos irrealistas, assédio laboral”, mas também horas extraordinárias não pagas e aumento dos casos de burnout.
“Apesar dos enormes lucros, a proposta de aumentos salariais da banca para 2024 não cobre, sequer, a inflação registada em 2023 – e muito menos compensa o poder de compra perdido nem reflete os ganhos de produtividade”, referem os sindicatos, frisando que os “bancários merecem salários e pensões dignas”.
“Face a esta situação e à falta de resposta da banca, os sete sindicatos do sector bancário decidiram definir uma estratégia de ações conjuntas e elaborar propostas concretas. Em breve serão divulgadas as datas e as ações previstas”, concluem.