Sobe para 55 o número de mortos em ataques na Nigéria, diz Cruz Vermelha

7 meses atrás 83

Apesar de um recolher obrigatório de 24 horas imposto terça-feira no distrito local de Mangu, escolas, casas e locais de culto foram incendiados e saqueados em novos ataques, segundo líderes comunitários.

A Associação para o Desenvolvimento de Mwaghavul, uma organização constituída por membros do grupo étnico Mwaghavul, predominantemente cristão, acusou os pastores muçulmanos Fulani de terem atacado a aldeia de Kwahaslalek e de terem matado "cerca de 30 pessoas".

Estes números foram agora atualizados pela Cruz Vermelha. 

"Dois campos de deslocados foram instalados na cidade de Mangu, para cerca de 1500 pessoas", disse o presidente local da Cruz Vermelha nigeriana, Nurudeen Husaini Magaji, à agência de notícias France-Presse (AFP).

O governador de Plateau anunciou um recolher obrigatório na terça-feira, após um novo confronto, que as autoridades atribuíram a uma disputa entre um pastor que transportava o gado e outros residentes que utilizavam a estrada.

O estado de Plateau, que se situa na linha divisória entre o norte da Nigéria, predominantemente muçulmano, e o sul, predominantemente cristão, é um foco de violência intercomunitária.

As tensões aumentaram desde que quase 200 pessoas foram mortas no Natal em ataques a aldeias predominantemente cristãs.

A Jama'atu Nasril Islam, uma organização comunitária muçulmana, disse também que os confrontos tinham eclodido entre terça e quarta-feira na cidade de Mangu e que locais de culto e escolas religiosas tinham sido atacados.

"Estamos a prosseguir as buscas com o apoio da Cruz Vermelha para ver se encontramos mais mortos, pois muitas pessoas desapareceram", acrescentou a organização.

Os confrontos nos estados do noroeste e do centro-norte da Nigéria têm origem em tensões comunitárias sobre a utilização das terras entre pastores nómadas e agricultores sedentários.

Mas este tipo de ataque degenerou numa criminalidade mais alargada com grupos fortemente armados a atacarem as aldeias, a saquearem e raptarem para pedir resgate.

Desde a chegada ao poder em maio, o Presidente, Bola Ahmed Tinubu, declarou que a luta contra a insegurança é uma prioridade, nomeadamente com vista a atrair investimentos estrangeiros para o país.

Leia Também: Pelo menos 30 mortos em novos atos de violência na Nigéria

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