O futuro da Faturação Eletrónica é um tema crucial para as empresas, especialmente as pequenas e médias, que enfrentam desafios e oportunidades na sua implementação. Num evento realizado no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões, a Sovos Saphety, destacou a importância de aderir a este modelo para garantir competitividade e preparar as PME para um mercado global em evolução.
O futuro da Faturação Eletrónica é um tema fundamental na estratégia das empresas e nos processos de negócio, classificou Nuno Matos, diretor de Field Marketing EMEA na Sovos Saphety, num evento que decorreu no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões e onde foram precisamente explorados os desafios e tendências da faturação eletrónica para Portugal, nomeadamente nas pequenas e médias empresas (PME). “Este é um tema inadiável, independentemente das imposições legais, legislação ou alterações que possam vir a existir”, comentou ao Jornal Económico Nuno Matos, uma mensagem de resto corroborada pelos vários intervenientes no evento. “É algo que traz benefícios e quanto mais cedo, sobretudo as PME, aderirem, mais ganhos obtêm nos seus processos de negócio, mais competitivas se tornam e melhor preparadas ficam para as futuras parcerias”. Não só no plano nacional, mas sobretudo num âmbito de mercado global, esclareceu, até porque, claramente, este é um ponto sem retorno. Exemplo disso é o facto de países europeus que são importantes parceiros de Portugal, como é o caso de Espanha, França e Alemanha, vão obrigar, a partir de 2025, a fatura eletrónica entre empresas. “Já estão além daquilo que em Portugal se tem vindo a implementar, em muito relacionado com a relação com o setor público”.
A sessão de abertura do evento, que teve como anfitriã a jornalista Rosa Oliveira Pinto, ficou a cargo de Miguel Pinto, vice-presidente do conselho de administração da Associação Empresarial de Portugal, que sublinhou a importância das PME no tecido empresarial nacional, representando 99,8% das empresas em Portugal. “Este é um tema particularmente interessante quando queremos ter cada vez mais PME internacionalizadas”, disse aos presentes Miguel Pinto.
Ao longo da manhã, vários painéis abordaram temas cruciais. O primeiro painel focou-se no enquadramento legal em Portugal e contou com as intervenções de Tiago Abade e Catarina Cavaleiro da PwC. Um tema igualmente relevante se tivermos em conta que Portugal, no contexto europeu, foi de alguma forma pioneiro na legislação sobre faturação eletrónica, já que desde 2021 as grandes empresas estão obrigadas a utilizar este modelo de faturação nas suas transações com o setor público. Uma obrigatoriedade que, no entanto, tem vindo a ser adiada para as PME.
Seguiu-se um painel dedicado à visão das entidades públicas com Gorete Pinto, dos SMAS Maia, Pedro Costa, da ULS Braga, e Sandro Louro, do Município de Braga. Neste painel ficou claro que a relação das PME com o setor público tem sido central na estratégia de implementação da faturação eletrónica desde a transposição da diretiva europeia de 2014.
Um dos momentos mais aguardados foi o painel dedicado aos desafios e oportunidades para as PME, que contou com a participação de José Manuel Oliveira, da Decunify, Nuno Brandão, da DataJuris, e Rui Rocha, da Nautilus que deram a sua visão sobre os desafios, mas igualmente oportunidades que a adoção da faturação eletrónica trouxe aos seus negócios.
Após um breve intervalo para café, o evento prosseguiu com um painel sobre o papel determinante dos softwares de faturação, com as intervenções de José Carvalho, da Sage, Miguel Barbosa, da Seidor (SAP Business One) e José Cardoso da PHC. Os intervenientes desenvolveram a importância destas soluções na implementação da faturação eletrónica, ao automatizarem a emissão e envio de faturas digitais. Os convidados foram unânimes ao afirmarem que estes softwares são cruciais para a transformação digital, garantindo que as operações se tornem mais ágeis e conformes à legislação.
O programa incluiu ainda uma discussão sobre a faturação e a fiscalidade nas estratégias de internacionalização das PME com Ricardo Correia da EY. Em seguida, o painel sobre a jornada das grandes empresas trouxe à tona as valiosas experiências de Antonieta Moura, da Salvador Caetano, Carlos Lagoa, da GoldEnergy e Tiago Cardoso, da Sonae MC.
O evento encerrou com uma análise ao futuro das soluções de faturação no mercado global apresentada por Valter Pinho, da Sovos, e uma intervenção final de Tiago de Melo, da eSPap, sobre o papel do Governo nesta transição tecnológica.
Este conteúdo patrocinado foi produzido com a colaboração com Sovos e Saphety .