10 abr, 2024 - 08:34 • Teresa Almeida , Olímpia Mairos
Evitar polémica poderá ser a explicação para a forma discreta como as condecorações atribuídas.
Foram todos condecorados e em segredo. Sem que fosse divulgado, Marcelo Rebelo de Sousa condecorou todos os elementos da Junta de Salvação Nacional, constituída depois do 25 de abril e do golpe de estado que derrubou o Governo de Marcelo Caetano.
O Presidente da República condecorou António Spínola e Francisco da Costa Gomes a 5 de julho do ano passado, com o Grande Colar da Ordem da Liberdade, a mais alta insígnia da Liberdade, mas ninguém soube, porque a Presidência não o quis revelar.
Um dia depois, a 6 de julho, Marcelo Rebelo de Sousa condecorou o almirante Rosa Coutinho, o general Jaime Silvério Marques, Carlos Galvão de Melo e Diogo Neto com um grau inferior, o de Grande Oficial da Ordem da Liberdade.
De acrodo com o Jornal Publico, a forma discreta como decorreu o processo terá como explicação o facto de Marcelo pretender evitar uma polemica, depois de ter recebido uma carta aberta de várias personalidades na qual era dito que uma condecoração de Spínola seria uma afronta.
Assinavam a carta nomes como Fernando Rosas, Carlos Brito, Maria do Rosário Gama e Francisco Louçã. Os signatários apresentavam a resistência à libertação dos presos políticos e a criação da organização MDLP como motivos suficientes para não atribuir a Spínola o Grande Colar da Ordem da Liberdade.
Em resposta ao jornal Público, fonte oficial da Presidência diz que a informação está nas Ordens Honoríficas, deixando por responder por que razão não foi dada uma nota pública para estas condecorações.