Contagem decrescente para o pontapé de saída oficial na nova temporada. Em Portugal, a Supertaça Cândido de Oliveira abre as hostilidades e dificilmente havia melhor forma de começar que com um dos maiores clássicos do futebol português: Sporting e FC Porto medem forças pelo primeiro troféu da época.
Curiosamente, o começo de 24/25 é igual ao final de 23/24. Leões e dragões foram ao Jamor lutar, no final de maio, pela Taça de Portugal. Apesar do jogo ter sido há pouco mais de dois meses, já muita água correu nos dois clubes.
O renovado vencedor da Taça de Portugal
Comecemos, então, pelo vencedor desse mesmo jogo. O FC Porto venceu a Taça de Portugal; contudo, o jogador e o treinador que levantaram o troféu já não vestem de azul e branco. Pepe não renovou com os dragões e Sérgio Conceição acabou por dar o lugar ao adjunto, Vítor Bruno. Duas das movimentações mais marcantes, até ver, da era André Villas-Boas.
Espanhol marcou no jogo de apresentação @Catarina Morais / Kapta +
Logicamente, a amostra de Vítor Bruno ainda é curta e há que ter em conta a qualidade dos adversários enfrentados na pré-época. Ainda assim, o balanço é inevitavelmente positivo. Recuperou vários jogadores - Iván Jaime, entre os reintegrados, é dos que tem mais protagonismo - e não precisou de reforços para apresentar um futebol, pelo menos, não inferior ao assistido anteriormente.
Até ao momento, foram oito particulares e oito vitórias - quatro golos marcados em seis delas. Uma vez mais: vale o que vale, são amigáveis e os adversários não estão no mesmo patamar que, por exemplo, o Sporting. Ainda assim, não deixam de ser testes e não deixam de ser vitórias que merecem mérito.
Para a Supertaça, as dúvidas azuis e brancas residem, sobretudo, nos jogadores que estiveram ao serviço das seleções, seja no EURO ou na Copa América. Vítor Bruno já admitiu que uns vão jogar, outros para o banco e os restantes para a bancada. O técnico conseguiu criar uma equipa sólida e será interessante perceber de que forma se vão entrosar os internacionais.
Com outras referências, o campeão nacional
Descendo no mapa, encontramos o Sporting, o campeão nacional que também sofreu mudanças. Rúben Amorim e Viktor Gyökeres, as duas principais figuras do título verde e branco, permanecem em Alvalade; não obstante, saíram alguns atores secundários, mas fundamentais: Sebastián Coates, Paulinho, Antonio Adán e Luís Neto - elencados por ordem de importância - deixaram os leões. Para perceber, caro leitor, o peso das saídas, deixaram a braçadeira orfã de dono - três dos quatro eram capitães -, obrigando assim Morten Hjulmand a assumir a faixa.
Com Rúben Amorim, como indicou Vítor Bruno, o trabalho está a ser desenvolvido há mais tempo e, por isso mesmo, as rotinas estão, no geral e supostamente, mais consolidadas. Ainda assim, há uma alteração inevitável; no corredor esquerdo, face à ausência de Matheus Reis Reis e de Nuno Santos Santos, principais opções para a posição, o treinador leonino vai ser obrigado a adaptar.
Valeu Gyökeres, que colocou um fim à aflição @Catarina Morais / Kapta +
Ricardo Esgaio, Iván Fresneda, Geny Catamo, Geovany Quenda ou até mesmo Gonçalo Inácio. Nenhum está propriamente habituado ao corredor esquerdo e alguns deles exigem mudanças noutras posições. Dor de cabeça interessante para Rúben Amorim, que já teve problemas na mesma posição e passou por aflições - último jogo no Dragão.
Os dados estão, por isso, lançados. Muitas mudanças e caras novas, seja de verde ou de azul. Independentemente do passado e sem, para já, pensar muito no futuro, leões e dragões estão prontos para escrever mais uma página de história e começar 24/25 da melhor forma: com a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira.
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