Stellantis já está a produzir elétricos chineses na Europa

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É oficial, a Stellantis já começou a produzir na Europa o Leapmotor T03. Sendo este o primeiro «de muitos».

De acordo com analistas da Jefferies, a Leapmotor International, a nova marca automóvel que resulta da joint venture liderada pela Stellantis com a chinesa Leapmotor (51%-49%), já começou a sua produção na Europa numa das fábricas do grupo, em Tychy, na Polónia.

É em Tychy que são produzidos os Jeep Avenger, Fiat 600 e Alfa Romeo Junior e, de acordo com a mesma fonte, já saíram da linha de produção a semana passada as primeiras unidades do Leapmotor T03, um citadino elétrico. A produção em massa, porém, só deverá ter início em setembro.

Tychy acaba por não ser uma novidade absoluta, já que eram vários os rumores que apontavam esta localização, que vai permitir à Stellantis reduzir os custos e, também, evitar as novas taxas de importação da União Europeia aos elétricos produzidos na China.

Ofensiva de modelos

Para além do T03, a Leapmotor International planeia produzir nesta mesma fábrica, já no primeiro trimestre de 2025, um novo modelo que é conhecido apenas pelo seu nome de código A12. Será mais um SUV que deverá posicionar-se abaixo do já conhecido C10. Ou seja, deverá posicionar-se no segmento C, onde podemos encontrar propostas como o novo Ford Explorer ou o Peugeot e-3008.

O C10, por sua vez, apesar de ser um dos primeiros modelos da Leapmotor a chegar à Europa, vai continuar a ser produzido na China.

Até 2027, a Leapmotor International planeia lançar mais três modelos, dois hatchbacks (carroçarias de dois volumes), em 2026; e outro SUV em 2027. Fica por saber se serão ou não produzidos no continente europeu.

Recorde que, recentemente, a Comissão Europeia anunciou um agravamento das taxas de importação dos automóveis elétricos produzidos na China de até 38,1%, sendo que a Leapmotor deverá ser submetida a uma taxa de importação de 21%. A melhor forma de as evitar é produzir esses modelos fora da China. A BYD, GWM e Chery já confirmaram que vão produzir alguns dos seus modelos no continente europeu.

Carlos Tavares, diretor-executivo da Stellantis, já veio dar o seu parecer sobre estas taxas, afirmando que estas são “uma grande armadilha” que irá impactar de forma negativa as vendas.