Sudão: Chefe da diplomacia alemã visita África com apelo à paz na agenda

8 meses atrás 69

Durante a viagem de vários dias, Annalena Baerbock viajará para Djibouti, onde também discutirá a crise no Mar Vermelho, no Quénia e no Sudão do Sul.

Trata-se de "avaliar possibilidades" para "finalmente reunir" os beligerantes "em torno de uma mesa de negociações", declarou a ministra antes da partida, referindo-se ao Sudão, sem dar detalhes mais concretos sobre o programa e a identidade dos interlocutores.

"Para mim uma coisa é clara: devemos aumentar a pressão sobre ambas as partes, através de sanções, responsabilizando-as pelos seus crimes e agindo com base no seu apoio no estrangeiro", afirmou.

Os confrontos entre o exército do general Abdel Fattah al-Burhane e as Forças de Apoio Rápido (FSR, paramilitares), do general Mohammed Hamdane Daglo, antigo número dois no poder militar, começaram a 15 de abril de 2023.

O conflito causou mais de 13 mil mortos, segundo uma estimativa muito por baixo da Organização Não-Governamental Armed Conflict Location & Event Data Project (Acled), e mais de sete milhões de pessoas estão deslocadas.

Em Darfur foram cometidas violações que podem constituir "crimes contra a humanidade", segundo um relatório de peritos da ONU divulgado na segunda-feira pela AFP.

A ministra pretende também reunir-se com representantes da sociedade civil sudanesa. "Não devemos permitir que este conflito se transforme numa 'crise esquecida'", disse.

No Djibuti, Baerbock quer discutir formas de "proteger o tráfego marítimo internacional no Mar Vermelho dos ataques dos huthis".

"O Djibuti está na vizinhança direta do Iémen, as relações são tradicionalmente estreitas, e entre os dois países corre uma das artérias centrais do sistema comercial internacional: o Estreito de Bab al Mandab, com apenas 27 quilómetros de largura", destacou.

Os rebeldes huthis, que controlam grande parte do Iémen, estão a aumentar os ataques contra navios mercantes no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, em solidariedade com a população de Gaza, um território completamente sitiado por Israel, que os Estados Unidos apoiam militarmente.

Os norte-americanos realizam ataques no Iémen há quase duas semanas para "proteger" o tráfego marítimo na região.

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