Supermercados Covirán querem ocupar lojas que Auchan é obrigada a abandonar

1 mes atrás 96

A marca de supermercados Covirán é uma das interessadas em ocupar as lojas que, após o negócio da compra do Dia, o Auchan garantiu à Autoridade da Concorrência (AdC) deixar. Um procedimento que pretende assegurar a manutenção de uma “concorrência efectiva” no mercado.

Nos últimos anos, Portugal tornou-se num verdadeiro campo de batalha prioritário para os gigantes da distribuição. A chegada da Mercadona, há cinco anos, agitou o tabuleiro de xadrez num território onde os dois grandes líderes, a Sonae (com o Continente) e a Jerónimo Martins (com o Pingo Doce) detêm quase 50% da quota de mercado.

O último movimento empresarial foi a saída do Dia do país, comprado pela Auchan, com o qual pretende ganhar presença e peso (a quota actual é, segundo a Kantar, de 4%).

Esta operação não beneficiará apenas o gigante francês, mas outros operadores, como a Covirán, que também tentam tirar partido desta mudança. O motivo prende-se com o compromisso de desinvestimento que a Auchan Portugal selou com a AdC.

Destaca-se, em particular, a promessa de desinvestimento, segundo o qual a empresa francesa deve dar origem a um acordo de desinvestimento de alguns dos seus actuais franchisados – lojas suas ou adquiridas ao Dia – que operem em cinco zonas identificadas como zonas de concorrência.

Esta acção deve ocorrer no prazo de seis meses, embora o prazo possa ser prorrogado até três meses, se for demonstrado que existem negociações entre o franqueado e uma nova marca.

De acordo com a AdC, esta acção é do interesse da Covirán. Fá-lo após um estudo de mercado que consultou os concorrentes da Auchan sobre a operação.

A cooperativa andaluza não só indica que considera o compromisso adequado, como também se oferece como parte interessada, salientando “a disponibilidade da Covirán para se apresentar como uma opção de bandeira a ser utilizada pelos operadores e lojas nos locais identificados e envolvidos nesta proposta”.

Questionada sobre este interesse, a Covirán confirmou que há “determinados pontos de venda” decorrentes da operação que seriam “mais do que interessantes” para a empresa, com localizações que se integram “muito facilmente” nas rotas de transporte já articuladas pela empresa, que tem três plataformas no país (Sintra, Vila do Conte e Algoz). Com uma presença de 250 lojas em Portugal, a Covirán está a procurar crescer no país.



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