Madeira e Açores expressaram preocupações por não terem sido consultadas para reunião que decorre até este sábado e teme que o futuro do sector esteja em risco quer no investimento, quer no emprego. Contactada pelo JE, fonte oficial da Tabaqueira acompanha as preocupações das congéneres das regiões autónomas.
A Tabaqueira está solidária com as posições de preocupação assumidas pela Fábrica de Tabaco Micaelense (FTM) e pela Empresa Madeirense de Tabacos (EMT), relativamente ao facto de não terem sido consultadas face aos argumentos do sector, expressos na 10ª Reunião da Conferência das Partes da Convenção (COP10) que visa debater o Controlo do Tabagismo da Organização Mundial da Saúde, que está a decorrer no Panamá.
Se a FTM considera que o futuro da indústria do tabaco nas Regiões Autónomas pode estar em risco, a Empresa Madeirense de Tabacos (EMT) vai mais longe e quantifica os danos, destacando que o futuro de 3.500 madeirenses está em risco.
Esta reunião, cuja discussão decorre até este sábado, 10 de fevereiro, conta com a presença de representante do Ministério da Saúde em representação de Portugal e cuja posição estará concertada com o Conselho da União Europeia para a COP10.
Ao “Diário de Notícias da Madeira”, a EMT expressou o receio do “potencial impacto da posição que Portugal venha a assumir, no futuro do sector do tabaco na Madeira e nos Açores”, e faz um apelo para que o representante português não se desvie da “posição de consenso” assumida pelo Conselho da UE para esta reunião.
Mais em concreto, a tabaqueira madeirense teme que as medidas “possam ir para além das já consensualizadas em Bruxelas”, que não só “representam um desafio do mandato do Conselho da UE” como “podem ter impactos económicos, fiscais, no emprego e ainda contribuir para o aumento do comércio ilícito dos produtos de tabaco”.
O JE contactou a Tabaqueira para obter uma posição e fonte oficial garantiu, ao nosso jornal, que a empresa detida pela Philip Morris International “compreende e acompanha as preocupações expressas pelas empresas de tabaco das regiões autónomas dos Açores e da Madeira” e sublinha, ainda, “o peso económico do setor na economia portuguesa e a relevância da indústria no contexto europeu”.