Taxa de desemprego volta a recuar em abril para 6,3%

3 meses atrás 73

Os dados são ainda provisórios, mas apontam para uma nova redução do desemprego em Portugal em abril. A taxa nacional de desemprego terá voltado a recuar no mês passado para 6,3%, o valor mais baixo desde agosto do ano passado, indicam os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O valor fica abaixo do registado no mês de março, altura em que a taxa de desemprego se fixou nos 6,4% (uma descida em relação aos 6,5% inicialmente estimados pelo INE) e é também inferior ao desemprego do período homólogo, 6,6%. No quarto mês do ano estavam desempregadas 337,4 mil pessoas.

Durante o mês de abril a população ativa registou uma diminuição em cadeia, ou seja, face ao mês anterior de 24,9 mil pessoas (0,5%), enquanto a população inativa aumentou 28,7 mil (1,2%). O INE justifica a tendência com a diminuição registada na população empregada (17,6 mil pessoas; -0,4%), que em abril foi de 5 004,7 pessoas, mas também com o decréscimo da população desempregada (7,3 mil; 2,1%).

Já no que dir respeito à população inativa, evolução em cadeia “resultou, principalmente, do acréscimo no número dos outros inativos, os que não procuram emprego nem estão disponíveis para trabalhar (24,1 mil; 1%)”, aponta o INE.

Há mais 73,6 mil trabalhadores do que há um ano

A comparação homóloga dos dados (face a abril do ano passado) mostra que população ativa aumentou em 63,8 mil pessoas (1,2%), devido ao acréscimo da população empregada (73,6 mil; 1,5%) que compensou o decréscimo da população desempregada (9,9 mil; 2,8%). No mesmo período, a população inativa aumentou em 53,5 mil pessoas (2,2%) “devido, essencialmente, ao acréscimo do número dos outros inativos (70,3 mil; 3,1%)”.

São estes resultados que, segundo o organismo de estatística, determinam a taxa de desemprego de 6,3% registada em abril, valor que fica abaixo quer do verificado em março deste ano (-0,1 pontos percentuais), quer do registado em abril do ano passado (0,3 p.p.).

Nota ainda para o indicador da subutilização do trabalho, que agrega não só a população desempregada, como subemprego de trabalhadores a tempo parcial, os inativos à procura de emprego, mas não disponíveis, e os inativos disponíveis, mas que não procuram emprego, medindo por isso o desemprego num sentido mais lato.

Em abril, a subutilização do trabalho abrangeu 610,2 mil pessoas, valor inferior ao do mês anterior (5,8 mil; 0,9%) e ao do período homólogo de 2023 (42,4 mil; 6,5%). Assim, a taxa de subutilização do trabalho (estimada em 11,1%) diminuiu relativamente a março de 2024 (0,1 p.p.) e a abril de 2023 (0,9 p.p.).

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