O reino saudita planeia investir meio trilião de dólares para transformar o deserto em dez regiões altamente futuristas, com uma cidade portuária flutuante, sem trânsito ou poluição e alimentada a energias renováveis.
Se nasceu na década de 60 ou 80 deve recordar-se da série de desenhos animados ‘Os Jetsons’, onde os edifícios se encontravam suspensos no ar e os habitantes de Orbit City se deslocavam em naves. É nesta criação de William Hanna e Joseph Barbera que a Arábia Saudita parece inspirar-se para construir o seu mais recente projeto futurista, denominado como Neom, conta o ‘Insider’.
O reino saudita planeia investir meio trilião de dólares para transformar o deserto em dez regiões altamente futuristas, com uma cidade portuária flutuante e uma linha de alta velocidade capaz de levar os cidadãos de uma ponta à outra da cidade em 20 minutos, sem trânsito ou poluição e alimentada a energias renováveis. A Arábia Saudita espera que a ‘Neom’ tenha capacidade para albergar nove milhões de pessoas numa ‘cidade-jardim vertical’.
Além disso, o plano passa também pela construção de mais três aeroportos para ligações internacionais, a que se junta o Neom Bay que já opera atualmente, tendo uma única ligação para fora do Médio Oriente, com destino ao aeroporto de Heathrow, em Londres.
O reino saudita espera que mais investimentos na aviação, como o lançamento de uma nova companhia aérea, a Riyadh Air, para atrair cada vez mais turistas.
Outra das ideias futuristas passa pelo uso de táxis voadores para transportar a população, sendo que desde 2021, que a Arábia Saudita trabalha numa joint venture entre o Neom e a Volocopter, uma empresa alemã que projeta aeronaves elétricas conhecidas como eVTOLs, alimentados por baterias.
Borja Blond, CEO da joint venture Neom-Volocopter, descreveu o projeto em novembro do ano passado durante uma apresentação no Dubai Air Show. O plano é que a Neom opere três tipos de eVTOLs da Volocopter: o VoloCity, o VoloRegion e o VoloDrone, pretendendo ter uma frota até 2025.
“Queremos trazer um modelo para o resto do mundo. Foi isso que fizemos. É assim que podemos progredir para as cidades do futuro”, afirmou Borja Blond.
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