Telefónica: Governo espanhol entra no capital para pressionar Saudi Telecom

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A aparente falta de clareza relativamente aos objetivos da STC na entrada no capital da Telefónica tem sido tema de debate em Espanha desde o primeiro dia em que se conheceu o interesse nos sauditas na operadora. Agora, o Governo quer forçar esse esclarecimento.

A entrada do Estado no capital da operadora de telecomunicações Telefónica está a ser encarada pela imprensa espanhola como uma forma de pressionar os sauditas de forma a que estes revelem que planos têm para uma das maiores ‘telcos’ da Europa.

O anúncio surpreendente do Governo espanhol no início desta semana, que foi concretizado com uma resolução no Conselho de Ministros que determinou a compra de uma percentagem até 10% da Telefónica, é agora justificada pela imprensa como uma forma do Estado espanhol pressionar a Saudi Telecom Company (STC) para que coloque em cima da mesa que objetivos tem face à entrada no capital da operadora.

Aliás, a aparente falta de clareza relativamente aos objetivos da STC com a entrada no capital da Telefónica tem sido tema de debate em Espanha desde o primeiro dia em que se conheceu o interesse nos sauditas na operadora.

A decisão do Governo espanhol no sentido de avançar para a compra de 10% da Telefónica foi justificada pelo Executivo como uma forma de “dar “maior estabilidade acionista” à operadora de telecomunicações, avança a imprensa do país-vizinho.

O Executivo liderado por Pedro Sánchez deu ordem à companhia estatal Sepi para adquirir uma percentagem até 10% da Telefónica, concretizando assim uma pretensão que tinha sido avançada em novembro e que passava pelo regresso do Governo ao capital da operadora.

Esta terça-feira, o Conselho de Ministros deu o aval à entrada da Sepi no capital da Telefónica com uma participação avaliada, de acordo com os preços de mercado, em pouco mais de dois mil milhões de euros. Assim, o Estado converte-se no maior acionista da multinacional de telecomunicações (algo que não acontecia desde fevereiro de 1997) e supera a participação da STC, BBVA e Criteria.

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