“Todos estavam impreparados”. António Vitorino alerta que impactos da Covid-19 “são de longa duração”

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“Impactos da pandemia são de longa duração, do ponto de vista sanitário e político. Todos os países estavam igualmente impreparados: ninguém sabia como reagir”, destacou o ex-governante no Congresso Nacional da Associação da Hotelaria de Portugal, que se realiza na Madeira.

O ex-diretor-geral da Organização Internacional para as Migrações, António Vitorino, considerou que a pandemia da Covid-19 foi um “grande disruptor” e que os impactos causados são de longa duração. António Vitorino afirmou também, durante o Congresso Nacional da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que tem a Madeira como palco, que a saúde deve estar no topo das prioridades e que o mundo não vai aceitar novos confinamentos pelo que é necessário que nos prepararemos para enfrentar uma nova pandemia.

“A pandemia é o grande disruptor, pelos impactos diretos da pandemia. Pela primeira vez, o mundo literalmente parou. Contabilizaram-se 121 mil restrições de mobilidade. O mundo parou mas os impactos da pandemia são de longa duração, do ponto de vista sanitário e político. Esta pandemia tem alguma coisa de igualdade. Todos os países estavam igualmente impreparados. ninguém sabia como reagir. Nós já não temos desculpa. Temos de estar preparados e aprender com as lições”, disse António Vitorino.

O ex-diretor geral da Organização Internacional para as Migrações salientou que a cooperação internacional na saúde “pode tornar mais claro” de onde pode vir a próxima ameaça. “Ninguém vai aceitar que se feche o mundo outra vez. A questão da saúde deve estar no topo das prioridades da comunidade”, afirmou António Vitorino.

Face a isto será necessário ter uma postura de prevenção a montante para “facilitar a mobilidade mesmo no caso de uma nova pandemia”. António Vitorino alertou também que a Covid-19 aumentou as desigualdades de forma “profundada e duradoura”.

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