Três dias no espaço foram suficientes para causar declínio cognitivo em astronautas

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Os especialistas sabem que o espaço impacta o corpo do ser humano, de formas que são, ainda, em parte, desconhecidas. Uma série de novos estudos detetou que apenas três dias fora da Terra foram suficientes para causar alterações na saúde dos astronautas, incluindo no seu corpo e nas funções cognitivas.

Astronauta

Uma nova série de estudos analisa em profundidade os dados médicos recolhidos durante a missão espacial Inspiration4 de 2021 - da qual falámos aqui, recentemente. Os dados recolhidos mostram que apenas três dias no espaço foram suficientes para causar alterações na saúde dos astronautas, incluindo no seu corpo e nas funções cognitivas.

De acordo com as análises, as alterações registadas foram revertidas pouco depois de os astronautas regressarem à Terra. Contudo, o facto de se registarem mudanças realça os riscos que os humanos correm em viajar para o espaço.

De facto, sabemos que passar um tempo prolongado fora da Terra pode degradar os ossos dos astronautas, por exemplo, mas ainda há muito por desvendar, especialmente, em matéria de efeitos a longo prazo. Se as intenções de enviar pessoas para o espaço, de forma comercial ou mais permanente, por via de colónias, importa conhecer os efeitos que as estadias vão ter nesses viajantes.

Os vários artigos foram publicados em várias revistas diferentes, incluindo a Nature, como parte do Space Omics and Medical Atlas (SOMA). Todos eles ajudam a mostrar as alterações registadas nas funções cognitivas e nos corpos dos astronautas a bordo da missão Inspiration4.

Uma vez que nenhum dos membros da missão era astronauta profissional e não tinha necessariamente recebido os extensos anos de formação que os astronautas normalmente recebem, as pessoas sob análise apresentavam-se como um ponto de partida interessante para o estudo pelos investigadores médicos.

Os membros da tripulação participaram em várias experiências, recolhendo amostras de sangue, fezes, saliva e urina. Depois, permitiram que os dados fossem catalogados e pesquisados para ver como os seus corpos tinham mudado ao longo da missão.

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