Três exonerações num mês. Recorde as "restruturações" do novo Governo

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O Governo PSD/CDS-PP tomou posse há pouco mais de um mês mas, desde o dia 2 de abril, já registou três exonerações de cargos 'de peso'.

A primeira, a pedido do próprio, foi a de Fernando Araújo. O diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) pediu para sair do cargo, que tinha assumido há cerca de 15 meses, após entrar em rota de colisão com a nova ministra da Saúde, Ana Paula Martins.

Apartidário e um dos nomes mais reconhecidos a nível nacional na área da Saúde, o antigo presidente do Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, chegou a manifestar vontade de permanecer no cargo apesar da mudança de Executivo. Contudo, tudo mudou depois da ministra da Saúde ter solicitado à Direção-Executiva do SNS que elaborasse um relatório sobre o que foi feito pela entidade desde a sua criação, em 60 dias.

Uma semana depois, Fernando Araújo anunciou que se iria demitir após a conclusão do relatório e que prescindia de qualquer indemnização.

Poucos dias depois, Ana Paula Martins envolvia-se em nova polémica com o médico, ao solicitar que este apresentasse um plano de saúde para o verão. Fernando Araújo recusou-se a fazê-lo por "estar de saída" e por não conhecer "as políticas" da nova ministra.

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Da "difícil decisão" à audição na AR. A saída de Fernando Araújo do SNS

O diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) apresentou, na terça-feira, a sua demissão, e o PS vai pedir a sua audição no Parlamento.

Notícias ao Minuto com Lusa | 08:00 - 24/04/2024

Ana Jorge saiu da SCML em rota de colisão com ministra

Ainda em abril, nova exoneração (e polémica). Ana Jorge, ex-ministra da Saúde, foi demitida do cargo de provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), 11 meses após assumir a pasta, e acusada pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social de "ter exercido o cargo em benefício próprio" e de "total inação", justificando a decisão com as "atuações gravemente negligentes" que afetaram a instituição.

Já Ana Jorge refutou todas as acusações, realçando que a exoneração da Mesa da SCML lhe foi comunicada de forma "rude, sobranceira e caluniosa".

"Benefício próprio"? Ana Jorge nega "profundamente" acusações de ministra

Em causa estão declarações da ministra do Trabalho e da Segurança Social, que acusou Ana Jorge e os gestores da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa de se terem "beneficiado a si próprios".

Notícias ao Minuto com Lusa | 10:44 - 08/05/2024

"Reestruturação operacional" também na PSP

Mal o mês de maio tinha começado e nova exoneração, desta vez nas forças de segurança. José Barros Correia, que tinha substituído Magina da Silva há apenas seis meses na direção nacional da PSP, foi exonerado na passada terça-feira, 7 de maio, pela ministra da Administração Interna, Margarida Blasco.

Antes de o Executivo de Luís Montenegro ser eleito, o superintendente-chefe já demonstrava de que lado estava, apoiando os polícias nos pedidos de "melhores salários", mantendo-se nessa mesma direção mesmo quando as manifestações das forças de segurança levou ao cancelamento de jogos e a grandes concentrações.

A ministra justificou a demissão com uma "reestruturação operacional". Os sindicatos não reagiram bem e já pediram esclarecimentos ao Governo, realçando que "estar a mudar a todo o tempo um diretor-geral não é bom para qualquer organização".

O sucessor de Barros Correia é o superintendente Luís Miguel Ribeiro Carrilho.

Diretor nacional da PSP exonerado pelo Governo. Está escolhido o sucessor

Diretor nacional da PSP exonerado pelo Governo. Está escolhido o sucessor

José Barros Correia estava ao comando da PSP desde setembro do ano passado.

Notícias ao Minuto | 19:59 - 06/05/2024

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