Só este domingo, três jornalistas foram mortos na Faixa de Gaza em ataques atribuídos a Israel. Entre as vítimas mortais inclui-se Hamza Dahdouh, um dos filhos de Wael Dahdouh, o principal correspondente da televisão Al Jazeera no enclave palestiniano.
Wael Dahdouh já tinha perdido a mulher, dois outros filhos e um neto num anterior ataque, a 25 de outubro de 2023, e ficou gravemente ferido na sequência de outro ataque, em dezembro.
Para além de Hamza Dahdouh, morreu também o videógrafo Mustafa Thuraya, que trabalhava para a agência francesa France-Presse.
Os dois jornalistas, Hamza Dahdouh e Mustafa Thuraya,
viajavam no mesmo carro quando este foi atingido por um míssil. De acordo com a televisão Al Jazeera, os jornalistas estavam
em trabalho a entrevistar civis desalojados em Gaza. Um terceiro
passageiro que seguia na mesma viatura, Hazem Rajab, ficou gravemente
ferido.
As autoridades de Gaza adiantaram que Hamza al-Dahdouh e Mustafa Thuraya
foram mortos quando o carro em que viajavam foi alvejado em Rafah, no
sul do enclave palestiniano.
Segundo a agência espanhola EFE, foi também morto um terceiro profissional da comunicação social, o fotojornalista Ali Salem Abu Ajwa, num ataque aéreo na cidade de Gaza, no norte do enclave.
A agência France Presse solicitou uma reação do exército israelita, que pediu as "coordenadas" exatas do ataque.
De acordo com a organização não-governamental Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), 77 jornalistas foram mortos durante a cobertura da guerra, que começou há precisamente três meses. Há ainda registo de 16 jornalistas feridos, três desaparecidos e 21 detidos.
Já o sindicato palestiniano dos jornalistas dá conta de pelo menos 102 jornalistas mortos desde outubro e pelo menos 71 feridos.
(com agências)