Segundo a acusação, Thomas H. passou informações aos serviços secretos russos por iniciativa própria, que o arguido justificou no julgamento em Dusseldorf (oeste) com o desejo de evitar uma escalada nuclear na guerra na Ucrânia.
O veredicto corresponde à sentença solicitada pelo Ministério Público Federal, segundo a agência francesa AFP.
Em maio de 2023, o antigo oficial "dirigiu-se ao consulado geral da Rússia em Bona e à embaixada da Rússia em Berlim e ofereceu a sua colaboração", segundo a acusação.
Na altura, exercia funções no principal serviço informático e logístico responsável pela gestão do equipamento militar das forças armadas alemães.
Thomas H. foi acusado de ter fotografado e transmitido, além de vários ficheiros informáticos, documentos antigos sobre a utilização de munições e tecnologia aeronáutica.
No julgamento, admitiu ter oferecido os serviços de espião e explicou a ação pelo medo de uma escalada nuclear na guerra contra a Ucrânia, e pelo desejo de proteger a família.
Foi assim que teve a "ideia estúpida" de se dirigir ao consulado russo.
"Foi um erro, aceito-o", declarou ao tribunal em abril.
Desde o início do conflito na Ucrânia em fevereiro de 2022, têm surgido na Alemanha vários casos de espionagem envolvendo a Rússia.
Um antigo agente secreto alemão está atualmente a ser julgado em Berlim por ter transmitido informações confidenciais aos serviços de segurança russos (FSB) no outono de 2022, uma acusação que nega categoricamente.
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