Trump recorre de desqualificação nas primária republicanas de Illinois

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Os advogados do ex-presidente tinham até esta sexta-feira para recorrer da sentença, que estava suspensa por dois dias para dar o tempo necessário à defesa para dar este passo.

A estação CNN sublinhou que os advogados do ex-presidente pediram à juíza Tracie Porter, uma democrata, que prorrogasse esta suspensão até que todos os recursos possíveis fossem esgotados.

"Suspender a decisão até que os tribunais de recurso de Illinois finalmente decidam este caso reduz o risco significativo de confusão nos eleitores e dificuldades logísticas para as autoridades eleitorais", frisaram os advogados.

Um tribunal do condado de Cook determinou esta quarta-feira que o Conselho Eleitoral de Illinois 'riscasse' o ex-presidente e candidato das eleições primárias do Partido Republicano, marcadas para 19 de março.

Após a decisão da juíza Porter, Illinois tornou-se o terceiro Estado a tomar uma medida semelhante, depois do Colorado e Maine.

Nestes três estados, os juízes aludiram à 14.ª Emenda da Constituição, que afirma que nenhum "membro do Congresso ou funcionário dos Estados Unidos" que jurou a Constituição e "participou numa insurreição ou rebelião" pode ser "eleito presidente ou vice-presidente", entre outros cargos públicos.

Este texto fala de "membro do Congresso ou funcionário", mas não menciona explicitamente o presidente, o que levou a equipa jurídica de Trump a argumentar que não se pode aplicar ao magnata republicano.

A decisão do Colorado foi alvo de recurso para o Supremo Tribunal, sendo que a desqualificação, tal como a do Maine, está suspensa aguardando a decisão da mais alta instância judicial dos Estados Unidos.

A audiência decorreu em 08 de fevereiro e os juízes, de maioria republicana, expressaram relutância sobre as implicações que a validação da exclusão de Trump poderia ter a nível nacional, para as eleições presidenciais de novembro.

O Supremo Tribunal de Justiça nunca se pronunciou sobre um caso envolvendo a 14.ª Emenda, que foi adotada em 1868 para evitar que antigos confederados voltassem ao cargo após a Guerra Civil, mas raramente foi usada desde então.

Alguns juristas defendem que a cláusula pós-Guerra Civil se aplica a Trump pelo seu papel na tentativa de anular as eleições presidenciais de 2020 e no incentivo aos seus apoiantes a invadir o Capitólio dos EUA depois de ter perdido para o candidato democrata Joe Biden.

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