Os agressores de um árbitro em Ancara, entre os quais o presidente do Ankaragücü, da Liga turca, foram detidos, informou esta terça-feira o ministro turco da Justiça, Yilmaz Tunç.
«No seguimentos das declarações recolhidas pela Procuradoria-geral de Ancara-oeste, os suspeitos (…) foram detidos», indicou o governante, um dia após o incidente que provocou indignação na Turquia e em todo o mundo do futebol.
De acordo com a agência DHA, citada pela France-Presse, os três homens foram conduzidos à prisão de Sincan, na periferia de Ancara.
Na segunda-feira, a Federação Turca de Futebol suspendeu indefinidamente a principal Liga do país e os restantes campeonatos, devido à agressão ao árbitro internacional Halil Umut Meler pelo presidente e pessoas ligadas ao Ankaragücü, clube no qual alinha o português Pedrinho.
A decisão do organismo federativo surgiu pouco depois de, após o empate com o Rizespor (1-1), o presidente do Ankaragücü, Faruk Koca, ter invadido o relvado e dado um soco no árbitro Umut Meler, que caiu e continuou a ser pontapeado na cara e cabeça por elementos ligados ao mesmo clube.
Com o árbitro caído no chão, várias pessoas, entre jogadores, árbitros assistentes e treinadores, criaram, rapidamente, um círculo de segurança para tentarem impedir mais agressões.
Umut Meler, de 37 anos, foi transportado para o hospital para receber assistência médica e passou a noite na unidade devido à possibilidade de ter lesões internas, tanto no cérebro como na região abdominal.
Em declarações a um órgão de comunicação social turco, o presidente do Ankaragücü referiu que não tem memória do incidente.
Através das redes sociais, o presidente da Turquia condenou o ataque a Halil Umut Meler, árbitro UEFA e FIFA, e prometeu mão dura no combate à violência no desporto.
Este ano, Umut Meler esteve em jogos do Benfica e Sporting de Braga na Liga dos Campeões e também no Bósnia-Herzegovina-Portugal, da fase de qualificação para o Euro2024.