"Foram enviadas forças adicionais e estão disponíveis reservas", anunciou no Facebook o porta-voz do presidente Volodymyr Zelensky, Sergei Nykyforov, após uma reunião entre o líder ucraniano e o comandante-chefe das forças militares, Oleksandre Syrsky.
O anúncio chega depois de parte das tropas ucranianas se terem visto forçadas a recuar. "Em certas áreas, perto de Lukiantsi e Vovchansk, em resposta ao fogo inimigo e a um ataque de Infantaria, as nossas unidades manobraram para posições mais favoráveis, a fim de salvar as vidas dos nossos soldados e evitar perdas. A batalha continua", afirmou o Estado-Maior ucraniano nas redes sociais.
Segundo este responsável, a Rússia está a obter "êxitos táticos" e cerca de 30 aldeias estão sob fogo.
O porta-voz do presidente confirmou entretanto que este cancelou todas as viagens ao estrangeiro nos próximos dias, precisamente devido à ofensiva russa na região de Kharkiv.
"Volodymyr Zelensky solicitou o adiamento de todos os eventos internacionais programados para os próximos dias, pedindo que sejam fixadas novas datas", escreveu Nykyforov.
Na terça-feira, soube-se que a visita a Portugal, prevista para quinta-feira desta semana, foi cancelada face ao agravamento da situação na Ucrânia. Estavam também na agenda do presidente ucraniano passagens pela Espanha e Bélgica.
Além da conquista de novas aldeias da região de Kharkiv, Moscovo anunciou esta quarta-feira a tomada da aldeia de Robotyné, no sul da Ucrânia, que está totalmente destruída. A localidade é simbólica, por ter sido uma das poucas reconquistas de Kiev durante a contraofensiva do verão de 2023.
Segundo o Ministério russo da Defesa, as tropas de Moscovo "libertaram completamente a aldeia de Robotyné, na região de Zaporizhia". Ainda em fevereiro deste ano o presidente Volodymyr Zelensky se tinha deslocado ao local, numa demonstração de apoio às suas tropas.
c/ agências