Ucraniana 'transformada' em russa na China – tudo por causa da IA

5 dias atrás 43

Pouco depois de ter criado um canal na plataforma Youtube, uma jovem ucraniana descobriu que, na China, a sua imagem estava a ser usada com recurso à Inteligência Artificial (IA) para apoiar a Rússia na guerra contra a Ucrânia e vender produtos de origem russa.

Olga Loiek, estudante de 21 anos na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, passou a ter várias identidades nas redes sociais, entre elas ‘Natasha’. Com centenas de milhares de seguidores, estas mulheres criadas com IA diziam ser russas fluentes em mandarim, pretendendo agradecer à China pelo seu apoio à Rússia no conflito com a Ucrânia e ganhar algum dinheiro com a venda de doces russos, noticiou a agência Reuters.

"É a minha cara a falar mandarim e, no fundo, vejo o Kremlin e Moscovo, e estou a dizer o quão fantásticas a Rússia e a China são. É muito assustador, porque nunca diria aquelas coisas", confessou a jovem.

Mas este não é caso único. Segundo a Reuters, existe um número crescente de mulheres russas nas redes sociais chinesas que mostram o seu amor pela China, ao mesmo tempo que procuram apoiar a Rússia na guerra com a Ucrânia, mediante a venda de produtos importados do seu país natal. Contudo, na realidade, são criadas com IA.

As preocupações sobre a contribuição da IA para a desinformação, notícias falsas e material protegido por direitos de autor intensificaram-se nos últimos meses ‘à boleia’ da popularidade de sistemas como o Chat GPT.

Em janeiro, a China emitiu um projeto de lei para a normalização da indústria da IA, propondo a criação de mais de 50 normas nacionais e industriais até 2026.

A Lei de Inteligência Artificial da União Europeia, que impõe obrigações de transparência aos sistemas de IA de alto risco, entrou em vigor este mês, estabelecendo uma potencial referência a nível mundial.

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