UE garante que declarações de ministro israelita são "um crime de guerra"

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Mundo

08 ago, 2024 - 10:46 • Lusa

A União Europeia condenou as declarações do ministro das Finanças israelita sobre a população palestiniana morrer à fome e exigiu esclarecimentos.

“A UE condena veementemente as recentes declarações do ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, durante a Conferência Anual de Katif”, lê-se num comunicado do alto representante para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, divulgado na noite de quarta-feira.

O ministro israelita disse que “poderia ser justificado” Israel “provocar a morte pela fome de dois milhões de civis” até ao regresso dos reféns.

“Deixar civis à fome deliberadamente é um crime de guerra […], isto é além de ignóbil”, criticou Josep Borrell. “Demonstra, mais uma vez, o desprezo [de Israel] pela lei internacional e os princípios básicos da humanidade”, sustentou.

O chefe da diplomacia europeia disse esperar que o Governo israelita de Benjamin Netanyahu se “distancie inequivocamente” das declarações do ministro das Finanças. Em simultâneo, a União Europeia exigiu “transparência total” sobre as alegações de tortura na prisão Sde Teiman.

Vários vídeos captados naquela prisão estão a circular pelas redes sociais, nomeadamente no X (antigo Twitter) e o Instagram, onde é possível ver militares israelitas a cometer abusos sexuais contra palestinianos detidos, também denunciados por organizações de defesa dos direitos humanos.

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