O portal digital Voice of Europe, a agência RIA Novosti e os jornais Izvestia e Rossiiskaia Gazeta são os 'media' visados pela medida adotada pelos embaixadores dos 27 Estados-membros da UE.
Foi ainda aprovada a proibição do financiamento russo de 'media', de organizações não-governamentais (ONG) e de partidos políticos dentro do espaço comunitário, indicou a comissária checa Vera Jourová.
Em março, os serviços de informações checos afirmaram ter desmantelado uma rede financiada por Moscovo para intensificar a propaganda favorável à Rússia na Europa, visando em particular o Parlamento Europeu antes das eleições europeias de junho.
O grupo utilizava-se alegadamente do 'site' de informação Voice of Europe, com sede em Praga, para difundir informações destinadas a dissuadir a UE e os respetivos Estados-membros de enviar ajuda à Ucrânia.
Por sua vez, o procurador federal belga iniciou um inquérito por suspeita de corrupção de eurodeputados após a identificação de uma "rede de influência" financiada por Moscovo e com supostas ligações ao 'site' Voice of Europe.
No passado, o bloco europeu já tinha proibido a difusão no seu espaço territorial de diversos 'media' russos, incluindo o canal Russia Today ou a agência Sputnik, acusando na altura Moscovo de utilizar estes meios de comunicação "para propagar a sua propaganda e conduzir campanhas de desinformação, incluindo as relacionadas com a sua agressão militar contra a Ucrânia", segundo a página oficial 'online' da UE.
Esta proibição abrange todos os meios de transmissão e distribuição provenientes ou com destino a países da UE, seja por via do cabo, do satélite, da Internet ou ainda de plataformas e aplicações em telefones portáteis.
O bloco europeu esclareceu que estes 'media' e os seus jornalistas estão "autorizados a trabalhar na UE", desde que não difundam as suas produções ou artigos, acrescentando que personalidades mediáticas russas também foram sancionadas no passado.
Estas sanções incluem-se no 14.º pacote de sanções contra a Rússia que a UE pretende aprovar até final de maio, apesar de pretender aprovar já na próxima sexta-feira, formalmente e por procedimento escrito, a medida contra os 'media' russos selecionados.
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