ULS? Vem aí "nova camada burocrática da Saúde composta por membros do PS"

Numa análise aos estado da Saúde em Portugal, o vice-presidente do PSD voltou a acusar o PS de estar a tentar criar uma "nova camada burocrática da Saúde".

Numa conferência de imprensa, Miguel Pinto Luz voltou a criticar a criação de cerca de três dezenas de Unidades Locais de Saúde (ULS), referindo que o Governo "não está preocupado para trabalhar diariamente para assegurar condições adequadas aos doentes e aos  profissionais de saúde" neste final de ano, que é sempre mais "exigente devido às festividades.

"Ao invés disso, o governo está a trabalhar nas nomeações de centenas de dirigentes das ULS", considerou, acusando o partido de estar a criar uma "nova camada burocrática da saúde composta por elementos do partido socialista".

Note-se que em setembro, o diretor-executivo do SNS, Fernando Araújo, anunciou uma “grande reforma” a partir de janeiro de 2024 com a criação de 31 ULS - que integram os hospitais e os centros de saúde numa mesma instituição e gestão -, e que se juntam às oito já existentes.

"Em pleno período de governo demissionário, sem preparação técnica prévia e com nomeações políticas de última hora", salientou o social democrata, acabando por referir que a demissão de Ana Paula Martins, presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, "é a gota de água" no assunto, sendo a sua demissão totalmente aceitável.

Esta não é a primeira vez que Miguel Pinto Luz critica a criação destas unidades locais de saúde. Em novembro, o vice-presidente do partido 'laranja' acusou o PS de, "em vez de estar preocupado em resolver os problemas negociais com os médicos" que afetam o Serviço Nacional de Saúde (SNS), estar focado em "aprovar leis à medida no parlamento para continuar a alimentar uma máquina socialista que se serve do interesse do Estado".

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