Um agitador nato e um espanhol a bailar: eis a versão 24/25 do SC Braga

2 meses atrás 67

No primeiro teste amigável 24/25 do SC Braga aberto aos adeptos, Daniel Sousa apresentou seis reforços, apresentou algumas novidades, mas somou mesmo o primeiro empate da pré-temporada (2-2).

Sem muitos reforços no 11 - Amine El Ouazzani e Gabri Martínez foram titulares -, acabou por ser o avançado espanhol o mais brilhante - um golo e uma assistência -, mas outros nomes conhecidos destacaram-se. Roger, agitador nato e voraz no 1x1, foi o miúdo em melhor plano, mas o veterano Moutinho e o capitão Horta também mostraram sinais positivos. 

Os destaques...

Ricardo Horta: À capitão! Marcou o segundo golo em grande estilo e foi dos mais produtivos do lado bracarense. À sua imagem, foi certinho, interventivo, não se escondeu do jogo e, acima de tudo, prenunciou mais uma época recheada de golos. Salazar: Pressionante, agressivo, capaz de morder o calcanhar a qualquer oponente, Salazar deu seguimento à boa imagem que apresentou na época passada e mostrou grande compromisso tático com a equipa. A defender foi fundamental - inclusive, num desarme, assistiu Gabri para o primeiro - e no ataque esteve perto do golo. João Moutinho: Como o vinho! Aos 37 anos, Moutinho não precisa de provar nada. Contudo, é impressionante como continua a dar provas que merece a titularidade e é, importa destacar, um dos pêndulos no meio campo bracarense. Um pouco mais defensivo num meio campo a dois, o médio foi o verdadeiro guarda-costas de Salazar ao longo do jogo.

Os reforços...

Gabri Martínez: Nem sempre capaz no 1v1, mas muito efetivo nas suas ações. Objetivo e com olho para a baliza, o extremo espanhol esteve ligado aos dois golos - marcou um e assistiu para o outro - e ganhou mais créditos na luta pela titularidade. Se render assim quando for a doer... Amine El Ouazzani: Muito interventivo nos apoios frontais e mostrou ser uma grande valia nesse aspeto. A estampa física é imponente perante os centrais, mas faltou classe na finalização. Roberto Fernández, João Marques, Bartlomiej Wdowik e Bright Arrey-Mbi: Os dois primeiros mais do que os dois últimos, mas todos acabaram por ter relativamente pouco tempo para se mostrarem aos adeptos bracarenses. Para além disso, entraram no meio das múltiplas substituições que quebraram um pouco o ritmo da partida. Wdowik ainda deu um ar da sua graça no cruzamento, com uma bola de golo para Simon Banza na reta final.

O regresso...

Gorby: Entrou aos 73' e não foi a tempo de mostrar muito serviço, contudo, parece ser uma opção válida para Daniel Sousa ao longo da época, sendo um médio que oferece assertividade e organização com bola.

Os miúdos...

Roger Fernandes: É o maior desequilibrador do plantel bracarense. Destemido, com recursos técnicos para dar e vender e uma imprevisibilidade muito particular, tendo em conta que dificulta a tomada de decisão das defesas com a sua capacidade de sair do drible tanto para o pé esquerdo - o mais forte - como para o direito. Rodrigo Beirão: Foi chamado a jogo muito cedo por culpa da lesão de Paulo Oliveira, entrou a frio e perdeu de imediato o duelo aéreo com Pelayo Fernández para o 0-1 do Rayo Vallecano. Podia ter ido abaixo, mas mostrou resiliência mental e recuperou para uma exibição segura pelo lado esquerdo do eixo. João Vasconcelos: Entrou já muito perto do fim para jogar pelo flanco direito, mas não teve oportunidade de mostrar muita coisa. Fica na retina uma arrancada em zona central que não teve depois o melhor seguimento.

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