Um dia muito importante

7 meses atrás 65

Justiça e PSP afirmaram ontem que o poder de Estado não é negociável.

A ‘Operação Pretoriano’ tem uma grande importância material e simbólica. A Justiça avançou contra um poder que se arroga, há demasiado tempo, como uma espécie de dono de uma parcela significativa do território nacional e que medrou, anos a fio, à sombra de um clube. De uma cidade e de um clube essenciais na vida e no futebol do País, que não merecem ser usados como porta-estandarte de um grupo de ‘gangsters’ de bairro. O Estado de direito, o respeito pela lei, a soberania de uma nação, não são negociáveis nem limitáveis a uma parte dos cidadãos, tratados como indesejáveis por este grupo de delinquentes. Como a cidade do Porto, de resto, bem sabe e carrega na sua gloriosa história liberal e republicana. O que se passou na assembleia geral do FC Porto foi uma inédita tentativa de dizer que algumas coisas, o clube e parte da cidade, são deles, são assuntos deles, de um pequeno grupo que coloca sempre os interesses pessoais acima dos coletivos. Como em Itália, onde grande parte dos comportamentos verificados na dita assembleia geral encaixa na tipificação dos crimes da máfia. Não é isso que a cidade do Porto quer, muito menos o País, e ontem as instituições centrais do poder de Estado, a Justiça e a Polícia de Segurança Pública, afirmaram tudo isso com enorme clareza.

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