A Universidade de Lisboa ultrapassou a Universidade do Porto no QS World University Rankings (SUR) 2025, uma classificação lançada anualmente pela Quacquarelli Symonds (QS), empresa britânica de análise e serviços na área do ensino superior e que produz uma avaliação e ordenação das melhores instituições de ensino superior do mundo, segundo os critérios por si definidos.
No ano passado, a Universidade de Lisboa posicionava-se em 266º lugar e ficava atrás da Universidade do Porto, que ocupava a 253ª posição. No entanto, o ranking desta última edição colocou Lisboa como a melhor universidade em Portugal, depois de subir seis lugares (260ª posição). A Universidade do Porto passou a estar em segundo lugar, depois de descer até ao 278º lugar.
À semelhança dos anos anteriores, a Universidade de Coimbra (355º lugar), a Universidade de Aveiro (359º), a Universidade Nova de Lisboa (388º), a Universidade do Minho (611-620º), o ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (661-670º) e a Universidade Católica Portuguesa (901-950º) constam também da lista.
A Universidade Católica Portuguesa e a Universidade do Minho mantiveram-se nas suas posições em relação ao ano anterior, enquanto as universidades de Coimbra (era 351.ª) e Aveiro (344) desceram ligeiramente na lista. Em contrapartida a Universidade Nova de Lisboa (era 400.ª) e o ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa (estava entre os lugares 751 e 760) saltaram algumas casas, aproximando-se mais do topo face à edição do ano anterior.
Domínio anglo-saxónico
Nesta edição, 1500 universidades de 105 sistemas de ensino superior constaram no ranking internacional, sendo os Estados Unidos da América o país mais representado com cerca de 197 instituições classificadas, ao lado do Reino Unido com 90 e da China com 71.
O pódio é liderado pelos Estados Unidos, com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) a ocupar o primeiro lugar da lista pela 13ª vez consecutiva, seguido do Reino Unido, que é a casa dos segundo e terceiro classificados, o Imperial College de Londres e a Universidade de Oxford, respetivamente.
Apesar dos Estados Unidos liderarem há treze anos seguidos e de quatro das suas universidades estarem nos primeiros 10 lugares, esse domínio é disputado num braço de ferro com o Reino Unido, que conta igualmente com quatro instituições de ensino superior nesse núcleo, nomeadamente o Imperial College, que saltou quatro lugares desde a última edição e está agora em segundo lugar.
Suíça e Singapura são os outros dois países com universidades entre as dez mais bem classificadas mundialmente.
Ainda no top 10, o Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) estreia-se ao entrar para a contagem, o que, de acordo com os empregadores e os académicos, confirma que o sistema de ensino superior americano é dos mais conceituados do mundo.
No continente americano, o Canadá também dá que falar, muito por conta do seu desempenho em matéria de sustentabilidade, o que garantiu à Universidade de Toronto o título da instituição mais sustentável do mundo.
Na China, das 71 instituições classificadas apenas cinco sobressaíram e constam nas 100 melhores instituições de ensino superior mundiais. A Universidade de Fudan é a que mais melhorou em relação à edição anterior, depois de subir 11 lugares e de se colocar na 39.ª posição. No entanto, é a Universidade da capital chinesa que ocupa o 1º lugar do país, tendo alcançado a 14.ª posição geral, depois de subir três lugares.
A Índia também apresenta resultados significativos, com 28 das suas 30 instituições mais bem classificadas a subirem mais de dez lugares. No continente africano, o destaque vai para a África do Sul, que ocupa as quatro primeiras posições da região, nomeadamente a Universidade do Cabo, que depois de subir dois lugares se encontra no 171º lugar na lista.
A Austrália, que domina a investigação internacional na região da Ásia-Pacífico, viu três das suas instituições entre as 20 melhores do mundo.
A América Latina é representada por quatro instituições no Top 100: a Universidade de Buenos Aires (UBA), na Argentina, a Universidade de São Paulo, no Brasil, Pontifícia Universidade Católica do Chile (UC) e a Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM), no México.
Na região árabe, a instituição mais bem classificada é a King Fahd de Petróleo e Minerais, na Arábia Saudita, que subiu 79 lugares, para 101.º, passando à frente da saudita Universidade King Abdulaziz (149.ª) e da Universidade do Catar (122.ª).
Texto de Ana Raquel Pinto, editado por João Pedro Barros.