Urgências. Ministro preocupado com tempos de espera, mas rejeita discurso "alarmista"

9 meses atrás 68

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, estima que a situação abrande apenas na próxima semana, a primeira de janeiro.

"Espero que isto se comece a atenuar na primeira semana de janeiro, mas isto é algo que temos que ir avaliando no dia-a-dia", disse Manuel Pizarro aos jornalistas, no Porto.

Manuel Pizarro diz que estas são dificuldades habituais nesta época do ano.


De acordo com o governante, "habitualmente, estas agudizações das infeções respiratórias ocorrem por períodos de duas/três semanas", estando já monitorizado "desde meados de dezembro, paulatinamente, um agravamento da situação no que diz respeito aos adultos", depois de um pico de acessos nas crianças registado em novembro.

Para o ministro, a contribuir para os picos de atendimento que levaram, por exemplo, a um tempo máximo de espera de 18 horas no hospital Amadora-Sintra, "não é alheio o facto de Lisboa e Vale do Tejo ser a região do país onde temos mais dificuldade com médicos de família".

O ministro voltou a apelar às pessoas que, antes de se dirigirem a um hospital, usem todos os meios prévios ao seu alcance, incluindo o recurso aos centros de saúde e a linha SNS 24.


Os tempos médios de espera continuam elevados nas urgências.

No Hospital de Cascais os doentes urgentes esperam em média 14 horas para serem atendidos, quando deviam apenas esperar uma hora.

No hospital Amadora-Sintra passa-se o mesmo. As pessoas com pulseira amarela têm de esperar em média 12 horas. No hospital de Santa Maria o tempo médio de espera é de mais de 12 horas e no Beatriz Ângelo, em Loures, 13 horas e meia.


No Porto, no hospital de Santo António, os doentes urgentes têm de esperar 8 horas.
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