Valência encheu-se de voluntários esta sexta-feira. Rodeados por lama, milhares de pessoas tentam ajudar a procurar os desaparecidos e a reconstruir a vida de quem perdeu quase tudo com as inundações que assolaram a região.
Em declarações aos jornais espanhóis, vários voluntários disseram que pensavam já estar prontos para o que iriam encontrar na cidade mas, ainda assim, foi "pior" do que imaginaram, descrevendo o cenário como sendo "de guerra".
No local, os voluntários aparecem equipados com pás e vassouras para ajudar nas limpezas de lodo, assim como água e alimentos para as localidades que passaram os últimos dias isoladas ou com dificuldades nos acessos, em que não há abastecimento de água e em que os comércios ficaram totalmente destruídos ou foram saqueados.
O governo regional avisou ao final da manhã desta sexta-feira que ponderava tomar medidas para restringir os acessos a diversos locais, sobretudo durante o fim de semana, e apelou depois no X a que os voluntários não se deslocassem de carro, acabando por ao final do dia avançar com a criação de um centro de coordenação na cidade de Valência.
A ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, confirmou que "infelizmente se está a perceber que há muitos" casos de pessoas que ficaram submersas em garagens inundadas e que existe a possibilidade de haver corpos dentro dos milhares de carros arrastados pelas águas e que continuam empilhados em ruas e estradas.
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