Venezuela abandona operações na criptomoeda local Petro

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"A Plataforma Pátria informa que na próxima segunda-feira (...) vão ser transferidos os fundos das carteiras ativas da PetroApp para a carteira correspondente na PP [em bolívares], com o objetivo de otimizar a utilização da tecnologia e prestar um melhor serviço", explica um comunicado divulgado na Internet.

Segundo o anúncio, o processo de transferências de fundos será efetuado de forma automática e não exigirá qualquer ação de parte dos utilizadores, mas "desde o início do processo, o acesso à PetroApp será interrompido".

As transferências entre a aplicação do Petro e a PP funcionam desde abril de 2021 e em junho de 2023 aquela plataforma incorporou também a possibilidade de manter carteiras em outras criptomoedas, que agora vão passar também a bolívares.

"De igual maneira se informa que a partir da próxima segunda-feira 15 de janeiro de 2024 os fundos existentes nas carteiras de Bitcoin, Litecoinb e Dash, vão ser convertidos para bolívares (...) ao tipo de câmbio referencial estabelecido pelo Banco Central da Venezuela", explica.

A criptomeda Petro foi anunciada pelo Presidente Nicolás Maduro em finais de 2017 e criada em maio de 2018, quando o preço de barril de petróleo venezuelano rondava os 60 dólares.

Várias fontes explicaram à Agência Lusa que desde a sua criação a Petro era usada como referência para o pagamento de impostos.

Também que desde 01 de janeiro último os organismos tributários e as câmaras municipais deixaram de usar o Petro, passando a usar como referência o euro, mas mantendo a obrigatoriedade de pagar em bolívares à taxa oficial de câmbio diária.

Em 17 de março, a polícia anticorrupção venezuelana (PNAC) pediu ao Ministério Público a emissão de 81 mandados de detenção por alegado envolvimento em atos graves de corrupção, administrativa e desvio de fundos, numa ação prejudicial aos interesses e necessidades da República e da população.

A investigação envolvia, entre outras, operações da empresa estatal Petróleos da Venezuela SA e através da Superintendência Nacional de Criptoativos (Sunacrip) e abrangeu quase duas centenas de pessoas.

Em 20 de março de 2023 o ministro do Petróleo da Venezuela, Tareck El Aissami, anunciou a sua demissão, enquanto a justiça está a investigar alegada corrupção entre altos funcionários públicos.

Tareck El Aissami anunciou a sua demissão através da rede social Twitter, tendo-se disponibilizado para ajudar em eventuais investigações à empresa Petróleos de Venezuela SA e tendo oferecido apoio à campanha anticorrupção do presidente Nicolás Maduro.

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