Venezuela: Edmundo González agradece a “solidariedade” da Europa após ganhar Prémio Sakharov

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“Este prémio representa, acima de tudo, a profunda solidariedade dos povos da Europa para com o povo venezuelano e a sua luta para recuperar a democracia”, afirmou o opositor político ao Presidente Nicolás Maduro, de 75 anos, que vive exilado em Espanha desde 08 de setembro, numa mensagem publicada na rede social X.

O candidato presidencial da oposição venezuelana, Edmundo González Urrutia, galardoado hoje com o Prémio Sakharov, agradeceu à Europa pela sua “profunda solidariedade” com o povo venezuelano.

“Este prémio representa, acima de tudo, a profunda solidariedade dos povos da Europa para com o povo venezuelano e a sua luta para recuperar a democracia”, afirmou o opositor político ao Presidente Nicolás Maduro, de 75 anos, que vive exilado em Espanha desde 08 de setembro, numa mensagem publicada na rede social X.

Edmundo González e Maria Corina Machado, líder da oposição venezuelana, receberam o Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, atribuído pelo Parlamento Europeu e o mais importante prémio de direitos humanos da União Europeia.

“A luta ainda não terminou”, prosseguiu Edmundo González, que manifestou também a “gratidão, orgulho e admiração” que sente pelos seus compatriotas que, “com o maior civismo, coragem e determinação, enfrentaram durante anos e continuam a enfrentar um regime que viola sistematicamente os direitos humanos”.

“Os meus compatriotas foram os protagonistas da grande manifestação democrática que teve lugar a 28 de julho”, referindo-se às eleições presidenciais na Venezuela.

“Apesar de milhões de pessoas terem sido impedidas de votar, as que o fizeram conseguiram ultrapassar todo o tipo de obstáculos”, disse Edmundo González, acrescentando: “Não só conseguimos derrotar a ditadura nas urnas, como também conseguimos provar esta estrondosa vitória eleitoral”.

Edmundo González, antigo embaixador da Venezuela em Buenos Aires, fazia referência à sua vitória nas eleições presidenciais como candidato da Plataforma Unitária, segundo a oposição, com mais de 67% dos votos, enquanto Maduro, o Presidente em exercício, foi declarado vencedor com 52% dos votos.

Os dois opositores e vários observadores denunciaram a ocultação dos resultados oficiais por parte do regime venezuelano e contestaram a vitória atribuída ao Presidente em exercício, Nicolás Maduro.

Os resultados oficiais não foram reconhecidos pela União Europeia, pelos Estados Unidos e por vários países latino-americanos, que exigiram, em vão, que o Governo venezuelano apresentasse os relatórios das assembleias de voto para que pudessem ser verificados.

Edmundo González temia pela sua vida e fugiu da Venezuela a 08 de setembro, após um mês em clandestinidade, acabando por se refugiar em Espanha com a sua mulher.

O opositor foi alvo de um mandado de captura, após o Ministério Público ter aberto um processo por “desobediência à lei”, “conspiração”, “usurpação de funções” e “sabotagem”.

María Corina Macho foi eleita candidata presidencial da oposição venezuelana pela Plataforma Unitária em 2023, mas acabou por ser desqualificada pelo Conselho Nacional Eleitoral e vive agora escondida no seu país.

A escolha dos dois opositores ao regime venezuelano para o Prémio Sakharov 2024 foi feita pelas delegações portuguesa e espanhola do Partido Popular Europeu (PPE) e depois incluído como proposta do grupo político.

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