Venezuela: Rangel pede diálogo após receber candidato da oposição em Lisboa

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Numa publicação na rede social X, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) indica que Paulo Rangel e Edmundo González "falaram sobre a situação na Venezuela" durante o encontro, que não foi anunciado previamente.

"Tendo presente a importante comunidade portuguesa no país, reafirma-se o compromisso com a liberdade, a democracia e o pluralismo e apela-se ao diálogo político", salienta o Governo, na mesma publicação, acompanhada de uma fotografia do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros ao lado de Edmundo González no Palácio das Necessidades, sede do MNE.

Edmundo González Urrutia deixou a Venezuela em 07 de setembro e pediu asilo político em Espanha depois de o Ministério Público emitir um mandado de prisão.

O MNE @PauloRangel_pt esteve hoje com o candidato presidencial @EdmundoGU. Falaram sobre a situação na Venezuela. Tendo presente a importante comunidade portuguesa no país, reafirma-se o compromisso com a liberdade, a democracia e o pluralismo e apela-se ao diálogo político. pic.twitter.com/Cu3mKQaTsl

— Negócios Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) October 10, 2024

A União Europeia (UE) não reconhece "legitimidade democrática" de Nicolás Maduro enquanto Presidente da Venezuela, validada pelo Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela na sequência das eleições presidenciais de 28 de julho.

A Venezuela, país que conta com uma expressiva comunidade de portugueses e de lusodescendentes, realizou eleições presidenciais no passado dia 28 de julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.

A oposição venezuelana e diversos países da comunidade internacional denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um "ciberataque" de que alegadamente foi alvo.

Os resultados eleitorais têm sido contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo de cerca de duas mil detenções e de mais de duas dezenas de vítimas mortais.

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