Vento forte causou maioria das 182 ocorrências em Portugal até às 23

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Fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) referiu à Lusa que, entre as 12:00 e as 23:00 horas de hoje, foram registadas 182 ocorrências.

A maioria (82) são quedas de árvores, seguido de 37 ocorrências por quedas de estruturas, estas devido sobretudo ao vento forte.

Registaram-se ainda 36 ocorrências de limpezas de via, 17 por inundações e 10 por movimentos de massa.

As regiões mais afetadas são a Área Metropolitana do Porto, a sub-região do Cávado e Alto Minho, detalhou.

Foram mobilizados para estas ocorrências 612 operacionais, apoiados por 223 meios terrestres.

A ANEPC destacou ainda que até ao momento não tem indicação de vítimas ou danos significativos, sendo que "nenhuma ocorrência destas teve um critério de relevância".

A mesma fonte da ANEPC apontou ainda as recomendações à população já emitidas, lembrando que nas próximas horas estão em vigor vários alertas meteorológicos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Num aviso à população, a ANEPC recomendou hoje à população, em particular à das zonas historicamente mais vulneráveis e nas áreas afetadas pelos incêndios rurais, que tome medidas preventivas face à previsão de fortes chuvas, ventos e agitação marítima, e precauções na circulação.

Segundo a ANEPC, é expectável a ocorrência de inundações em zonas urbanas e de cheias, e movimentos de massa (como deslizamentos e derrocadas) motivados pela infiltração da água, fenómeno que pode ser potenciado pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais.

Segundo o IPMA, a tempestade Kirk deverá deslocar-se para noroeste da península ibérica, após passar a norte do arquipélago dos Açores, e aproximar-se do continente na manhã de quarta-feira, depois do agravamento das condições meteorológicas já registado na tarde de hoje.

A autoridade referiu que o eventual impacto destes efeitos meteorológicos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados.

Em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, e nas áreas afetadas pelos incêndios rurais, que ficaram sem coberto vegetal e com cinza acumulada à superfície, que funciona como uma matéria impermeável, mais expostas e vulneráveis à precipitação, a ANEPC recomenda medidas preventivas, como garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas.

Recomenda ainda à população que garanta uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas, e que tenha especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte.

A adoção de uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e com especial cuidado a lençóis de água nas vias, e não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas, são outras das recomendações.

Outros efeitos expectáveis, conclui, são a contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais e o arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública.

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