Quanto à eventual presença num Governo, André Ventura destaca que “não faz questão de ter um lugar” mas quanto a eventuais contrapartidas da AD que não passem pelo poder executivo, veria com bons olhos que o Chega indicasse o próximo presidente da Assembleia da República e que a escolha recaísse em Diogo Pacheco de Amorim.
O presidente do Chega, André Ventura, elogiou esta quarta-feira o Presidente da República por ter sido o primeiro a garantir que não se iria opor a uma solução governativa que envolvesse o terceiro partido mais votado nas últimas eleições legislativas.
Em entrevista ao “Diário de Notícias” e confrontado com uma situação de provável impasse governativo, em face de não se chegar a uma maioria estável no Parlamento para suportar um Executivo, o líder partidário considera que “os Governos de iniciativa presidencial ficaram sem espaço de legitimidade após as últimas revisões constitucionais” e que o Presidente da República “não é eleito para criar Governos”.
André Ventura admite que esse cenário “até podia ser aceitável para a maioria dos portugueses” mas que poderia pecar “em termos de legitimidade política”. Assim, e recordando as palavras de Marcelo, o presidente do Chega realçou que “os partidos têm de se entender”.
“Tenho sido muito crítico dele, mas foi o primeiro a garantir que não obstaculizaria uma solução que envolvesse o Chega. Dou-lhe esse crédito”, salientou o presidente do Chega.
A intenção do Presidente da República foi revelada em novembro no “Expresso” e antevê um crescimento substancial do reforço eleitoral do partido liderado por André Ventura. Não se perspectivando nenhuma solução estável de Governo, seja à esquerda (com entendimentos como a “geringonça” pouco prováveis) ou à direita (com a recusa de coligações pré-eleitorais), o que parece certo é um cenário de instabilidade governativa.
Quanto à eventual presença num Governo, André Ventura destaca que “não faz questão de ter um lugar” mas quanto a eventuais contrapartidas da AD que não passem pelo poder executivo, veria com bons olhos que o Chega indicasse o próximo presidente da Assembleia da República: “Diogo Pacheco de Amorim era um bom presidente da Assembleia da República”, realçou.