Violação e ofensas. O caso que acabou com quatro 'casuals' condenados

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Quatro 'casuals', adeptos do Benfica com ligações à claque No Name Boys, foram condenados a penas entre sete e nove anos de prisão por violação agravada de um menor, de 16 anos.

O caso - que visava 13 arguidos e outros crimes como tráfico de droga, posse ilegal de arma, coação e ofensas corporais - remonta a abril de 2022, nas imediações do Estádio da Luz, quando os condenados violaram o menor com um "pau", segundo a CNN Portugal, que cita a decisão do tribunal.

O facto de o jovem ter amigos do Sporting terá levado os 'casuals' envolvidos a abordá-lo, com o intuito de o agredir e, posteriormente, de o violar, após um jogo de futsal entre o Sport Lisboa Benfica e o Sporting Clube de Portugal. O tribunal ouviu também que o menor terá publicado nas redes sociais uma fotografia da claque afeta ao Benfica, identificando alguns dos seus membros, o que terá levado estes 'casuals' a partir para as agressões.

Os arguidos, com idades entre os 21 e os 30 anos, agiram de forma "absolutamente bárbara, primitiva e cobarde", disse o Tribunal Central Criminal de Lisboa. O ato terá sido concertado previamente, lê-se na mesma decisão.

Para além dos quatro condenados a prisão efetiva, contam-se ainda cinco condenados a pena suspensa. Cada um deles terá que pagar à vítima 24 mil euros, ordenou o Tribunal Central Criminal de Lisboa, que absolveu os restantes quatro arguidos.

Os 13 arguidos deste caso fazem parte de um grupo de 30 pessoas, com idades entre os 18 e os 47 anos, que foram detidas pela Polícia de Segurança Pública (PSP) numa operação junto a grupos de adeptos do Sporting e do Benfica, em fevereiro.

Na altura, foram apreendidas armas de fogo e mais de 750 munições de vários calibres, bem como material pirotécnico - incluindo petardos, potes de fumo, e tochas -, armas brancas e outros instrumentos artesanais, para além de "13 artefactos de sinalização marítima", 5.840 doses de haxixe e 1.016 doses de heroína.

A defesa de um dos 'casuals' condenados já admitiu vir a apresentar um recurso à decisão. "Vamos analisar o acórdão com calma. Há matérias que foram dadas como provadas e que entendemos que não será assim. Vamos ponderar e, eventualmente, interpor um recurso", afirmou Ricardo Serrano Vieira, que representa o arguido que foi condenado a sete anos e dois meses de prisão efetiva, à saída do Campus de Justiça.

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