Violência na Grande Lisboa. Oito viaturas incendiadas em Benfica

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Noite de vandalismo em Benfica, na capital, com oito viaturas incendiadas.

"Algumas dessas viaturas pertenciam a um estabelecimento comercial que faz reparação e venda de automóveis", diz à Renascença o presidente da Junta de Freguesia de Benfica , Ricardo Marques.

De acordo com o autarca," também há viaturas particulares atingidas".

"As equipas da Junta estão já em contacto com moradorss. Estamos a dar o apoio que podemos dar, esperamos que as pessoas tenham os seguros em condições", acrescenta.

De acordo com Ricardo Marques, nove pessoas tiveram de ser retiradas de casa por causa do fumo: "Alguns foram retirados das habitações, mas poderam, felizmente, regressar em pouco tempo."

Ocorrências em vários pontos da cidade

Várias viaturas e caixotes de lixo foram incendiados esta madrugada em bairros da cidade de Lisboa, de acordo com fonte do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB), citada pela agência Lusa.

O primeiro alerta para estes distúrbios foi recebido às 1h00 e o último às 5h33, disse a fonte, adiantando que os incidentes ocorreram nos bairros de Benfica, Lumiar, Alvalade, Alcântara e Marvila.

Questionado sobre quantos bombeiros foram deslocados durante a madrugada, a mesma fonte disse não saber precisar, mas explicou que, para cada ocorrência, é enviada uma viatura com seis bombeiros.

Desde a noite de segunda-feira registaram-se desacatos no Zambujal e, desde terça-feira, noutros bairros da Área Metropolitana de Lisboa, onde foram queimados autocarros, automóveis e caixotes do lixo. A PSP registou 123 ocorrências, deteve 21 cidadãos e identificou outros 19. Sete pessoas ficaram feridas, uma das quais com gravidade.

A desordem pública aconteceu na sequência da morte de Odair Moniz, de 43 anos, na madrugada de segunda-feira, quando o homem foi baleado por um agente da PSP.

Segundo a PSP, o homem pôs-se “em fuga” de carro depois de ver uma viatura policial e “entrou em despiste” na Cova da Moura, onde, ao ser abordado pelos agentes, “terá resistido à detenção e tentado agredi-los com recurso a arma branca”.

A Inspeção-Geral da Administração Interna e a PSP abriram inquéritos e o agente que baleou o homem foi constituído arguido.

Para hoje estão previstas duas manifestações em Lisboa, uma promovida pelo movimento Vida Justa para reclamar justiça pela morte do homem baleado e outra convocada pelo Chega “em defesa da polícia”.

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