O advogado de Vítor Escária, Tiago Rodrigues Bastos, revelou esta terça-feira à rádio Observador que o antigo chefe de gabinete já tinha declarado este valor ao Fisco, sendo que o mesmo valor tinha sido auferido no ano fiscal de 2022, com uma retificação da declaração de IRS.
Vítor Escária, ex-chefe de gabinete do primeiro-ministro, já terá declarado, em sede de IRS, os 75.800 euros apreendidos na residência oficial do chefe de Governo a 9 de de novembro no âmbito da Operação Influecer.
O advogado de Vítor Escária, Tiago Rodrigues Bastos, revelou esta terça-feira à rádio Observador que o antigo chefe de gabinete já tinha declarado este valor ao Fisco, sendo que o mesmo valor tinha sido auferido no ano fiscal de 2022, com uma retificação da declaração de IRS.
De resto, o advogado de Vítor Escária já tinha adiantado, na altura das buscas, que a verba encontrada em envelopes, livros e numa caixa de vinho, não estaria relacionada com as suspeitas das autoridades face ao caso do lítio e do hidrogénio e que o dinheiro estava associado a uma atividade profissional do ex-chefe de gabinete, realizada no estrangeiro e prévia ao cargo que exercia na altura.
Vítor Escária foi um dos cinco detidos em 7 de novembro, juntamente com Lacerda Machado, os administradores Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas.
No total, há nove arguidos no processo, incluindo o agora ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado, antigo secretário de Estado da Justiça e ex-porta-voz do PS João Tiago Silveira, e a empresa Start Campus.
O primeiro-ministro, António Costa, que surgiu associado a este caso, foi alvo da abertura de um inquérito no MP junto do Supremo Tribunal de Justiça, situação que o levou a pedir a demissão, tendo o Presidente da República marcado eleições antecipadas para 10 de março deste ano.