Prevê-se que o contrato entre a tecnológica e a operadora de telecomunicações tenha impacto em 300 milhões de empresas, do sector público e privado, na Europa e em África.
A Vodafone e a Microsoft anunciaram esta terça-feira que assinaram um acordo estratégico a dez anos que envolve um investimento de 1,5 mil milhões de dólares (aproximadamente 1,4 mil milhões de euros) em tecnologias como Inteligência Artificial (IA) generativa ou nuvem (cloud).
A parceria prevê a colaboração em áreas como experiência do cliente da Vodafone, que será mais automatizada através dos algoritmos da Microsoft, gestão de plataformas por IoT (Internet of Things ou Internet das Coisas), desenvolvimento de novos serviços digitais e financeiros para as empresas, especialmente pequenas e médias empresas (PME) na Europa e África e reforma da estratégia global da cloud para centros de dados.
“Hoje, a Vodafone assumiu um compromisso ousado com o futuro digital da Europa e de África. Esta parceria estratégica única com a Microsoft irá acelerar a transformação digital dos nossos clientes empresariais, especialmente PME, e melhorar a qualidade da experiência do cliente para os consumidores”, afirmou a CEO do grupo Vodafone, a Margherita Della Valle, em comunicado divulgado esta manhã.
Em termos mais concretos, o M-Pesa – uma espécie de “MB Way” que a Vodafone disponibiliza no Quénia – será alargado a outras geografias com o objetivo de melhorar a inclusão financeira no continente africano e haverá uma migração dos data centers virtuais para o software Microsoft Azure.
“Esta nova geração de IA irá desbloquear novas oportunidades enormes para todas as organizações e todos os setores em todo o mundo”, garante o presidente e CEO da Microsoft, Satya Nadella. A seu ver, a nuvem e IA vão permitir “melhorar a experiência de centenas de milhões de pessoas e empresas em África e na Europa, construir novos produtos e serviços e acelerar a transição para a cloud”.
Prevê-se que o contrato desta dupla de multinacionais tenha impacto em 300 milhões de empresas, do sector público e privado, que a Microsoft comece a utilizar os serviços de conectividade fixa e móvel da operadora de telecomunicações e que a Microsoft invista na plataforma de conectividade IoT gerida da Vodafone, que se tornará um negócio autónomo até abril.
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