A Volvo está em processo de aquisição da participação da Northvolt na sua joint venture para a produção de uma fábrica de baterias.
A sueca Northvolt, que chegou a ser considerada a candidata mais promissora para ser a grande construtora de baterias na Europa, agora luta pela sobrevivência.
Depois de ter contratos cancelados, anunciado despedimentos e uma das suas subsidiárias ter aberto insolvência, agora é a Volvo Cars que quer comprar a parte da Northvolt da joint venture NOVO Energy, formada pelas duas empresas para produzir baterias. A parceria formada em 2021 tinha como objetivo construir uma gigafábrica para produzir baterias em Gotemburgo, Suécia.
A Northvolt, no entanto, anunciou de que iria deixar de contribuir com mais financiamento para a NOVO Energy, o que representa uma quebra de contrato. A Volvo decidiu, por isso, iniciar o processo “para assumir a propriedade total do projeto”.
© Volvo Cars“Esta ação decorre de uma violação do acordo de acionistas, em que a Northvolt AB não cumpriu com as suas obrigações de financiamento.”
VolvoO que se segue?
De momento, o construtor sueco está a “avaliar o potencial impacto destes desenvolvimentos na NOVO Energy e a investigar futuro cenários para proteger o investimento.” Entre as opções em estudo está o uso “multifuncional” do edifício, caso a Volvo assuma a propriedade total.
“A produção de baterias, no entanto, continua a depender da participação de terceiros ou de novos parceiros”, afirma a Volvo.
Na apresentação dos resultados trimestrais da Volvo, Jim Rowan, o diretor-executivo, já tinha sido questionado sobre o futuro da parceria com a Northvolt, pela Automotive News Europe, ao que respondeu: “Queremos continuar sozinhos? Queremos juntar-nos a outro parceiro? Queremos cancelar o projeto e utilizá-lo para algo completamente diferente? Todas as opções estão em aberto”.
Mesmo com as incertezas sobre a parceria com a Northvolt, a Volvo não prevê que os seus planos para futuros lançamentos sejam afetados: “nós temos uma cadeia de fornecimento de baterias diversificada e resiliente”.