Von der Leyen recorda 25 de Abril para lembrar valores da UE em risco com Chega

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A presidente da Comissão Europeia e candidata do Partido Popular Europeu a segundo mandato assinalou esta quinta-feira o 25 de Abril para lembrar valores fundamentais da União Europeia (UE) em risco, como democracia, pela ascensão da extrema-direita do Chega.

"Portugal acaba de celebrar um aniversário importante. Há 50 anos, um vento de mudança percorreu as ruas de Lisboa. Foi um vento forte, mas um vento poderoso e pacífico que derrubou a última ditadura da Europa. A revolução dos cravos trouxe esperança e mudou Portugal para sempre", declarou Ursula von der Leyen, falando num comício da Aliança Democrática (AD), na cidade do Porto, em que foi interrompida por manifestantes pró-Palestina.

"O povo português ansiava pela liberdade, ansiava pela democracia e finalmente abraçaram-na e abraçaram o destino europeu", mas "esses valores fundamentais estão novamente em causa", como a democracia, acrescentou a candidata de centro-direita.

Ursula von der Leyen apontou que, atualmente, "a democracia está sob ataque não só do exterior, mas também do interior da Europa", pelos "extremistas de extrema-esquerda ou de extrema-direita".

"Quer seja o AfD na Alemanha, ou o Rassemblement National em França, seja a Confederatia na Polónia ou o Chega aqui em Portugal. Os nomes podem ser diferentes, mas o objetivo é o mesmo: desprezam os nossos valores e querem enfraquecer a nossa Europa", acusou a candidata do Partido Popular Europeu (PPE) à liderança do executivo comunitário.

E apelou: "Nós, PSD, CDS-PP e PPE, nunca deixaremos que isso aconteça. Temos de fazer destas eleições europeias uma vitória estrondosa da democracia."

De acordo com Ursula von der Leyen, "a democracia é, de facto, a marca da União Europeia".

A presidente da Comissão Europeia e candidata do Partido Popular Europeu a um segundo mandato (que foi eleita em 2019 sem ser candidata) esteve hoje no Porto para arruada e comício com o cabeça de lista da AD às eleições europeias, Sebastião Bugalho, e o presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro.

O seu discurso foi interrompido por dezenas de manifestantes de apoio aos palestinianos, que pediram uma "Palestina livre" dos bombardeamentos de Israel.

Os protestantes acabaram por abandonar o local, escoltados por elementos da PSP, com os quais se envolveram em confrontos, enquanto os apoiantes da AD tentavam fazer seguir o comício com palavras de apoio a Ursula von der Leyen.

Apesar dos desacatos, Ursula von der Leyen tentou continuar o seu discurso, gritando para se fazer ouvir face às palavras de ordem dos manifestantes.

Na sua intervenção, no dia em que arranca na UE a votação para as eleições europeias (Portugal vota no domingo), a candidata mencionou os agricultores portugueses, "desde as vinhas do Douro, nos arredores do Porto, até aos olivais do Alentejo", para prometer respostas para os "desafios que enfrentam", nomeadamente a concorrência desleal e as exigências ambientais.

Referiu também as pequenas e médias empresas, que são "mais de um milhão em Portugal", para garantir, se for reeleita, "procedimentos mais simples, decisões mais rápidas e menos burocracia".

Cerca de 400 milhões de eleitores são chamados a escolher os 720 deputados ao Parlamento Europeu, nas eleições que decorrem nos 27 Estados-membros da União Europeia. Portugal vai eleger 21 eurodeputados no domingo.

Portugal é o 16.º país visitado por Ursula von der Leyen em dois meses de campanha para as eleições europeias, que acumulou com as suas funções de líder do executivo comunitário, cargo que exerce desde 2019. O Porto é a 25.ª cidade.

Antes de votar na Alemanha, no domingo, Ursula von der Leyen desloca-se à Áustria. Passará a noite eleitoral na capital belga, Bruxelas.

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