Wall Street fecha em baixa com reajuste de expectativas sobre baixa de juros

Este reajuste decorreu de informação económica que contrariou aquele otimismo.

Os resultados finais da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average recuou 0,25%, o tecnológico Nasdaq cedeu e o alargado S&P500 perdeu 0,56%.

Os rendimentos obrigacionistas continuaram a subir, com os relativos à dívida pública federal a 10 anos a alcançarem os 4,10%.

Os investidores começaram por digerir as sólidas vendas do comércio retalhista nos EUA em dezembro, que aumentaram 0,6%, em vez dos 0,4% esperados.

"Perante este número dinâmico e as recentes declarações de membros da Fed, a convidarem à prudência antes de se contar com uma descida das taxas, para mim, uma redução das taxas de juro em março está excluída", confessou Peter Cardillo, da Spartan Capital.

Entre os investidores, as apostas sobre as probabilidades de uma baixa das taxas de juro pela Fed em março caíram para 56% dos 80% da semana passada, segundo a CME FedWatch, que se baseia nos contratos a terno.

O recuo das ações reflete o facto de que "os investidores estão a reajustar, depois da euforia da ideia de uma redução das taxas em março", adiantou Cardillo.

Além das vendas do comércio retalhista, que apontaram para um consumidor ainda entusiasmado no final do ano, a produção industrial manteve um desempenho positivo em dezembro, com um aumento de 0,1%.

Na segunda parte da sessão, o Livro Bege da Fed, um relatório económico divulgado duas semanas antes da próxima reunião do comité monetário do banco central, destacou uma atividade estável, inclusive em pequeno crescimento em oito das 12 regiões em que dividi os EUA.

"Esta edição do Livro Bege revela uma estimativa mais dinâmica da economia do que em novembro", comparou Nancy Vanden Houten, da Oxford Economics.

Leia Também: Bolsas europeias em baixa, pendentes da inflação alemã em dezembro