Centro Interpretativo das Gares Marítimas beneficia de financiamento global de 8,2 milhões

2 meses atrás 62

O presidente da Administração do Porto de Lisboa, Carlos Correia, especificou hoje aos jornalistas que além da participação financeira da Associação Turismo de Lisboa, que tem o valor de 3,5 milhões de euros, o centro interpretativo conta ainda com 700 mil euros de financiamento da World Monuments Fund, um “grupo de filantropos estrangeiros que apoiam o restauro dos painéis”, e quatro milhões de euros a cargo da Administração do Porto de Lisboa.

O Centro Interpretativo das Gares Marítimas de Lisboa beneficia de um financiamento global de 8,2 milhões de euros, somando compartições financeiras do Turismo de Lisboa, do World Monuments Fund e da Administração do Porto de Lisboa, para os dois edifícios.

O presidente da Administração do Porto de Lisboa, Carlos Correia, especificou hoje aos jornalistas que além da participação financeira da Associação Turismo de Lisboa, que tem o valor de 3,5 milhões de euros, o centro interpretativo conta ainda com 700 mil euros de financiamento da World Monuments Fund, um “grupo de filantropos estrangeiros que apoiam o restauro dos painéis”, e quatro milhões de euros a cargo da Administração do Porto de Lisboa.

Esta última verba é para intervenção nos próprios edifícios, clarificou, especificando que serão adstritos dois milhões a cada uma das gares – a Gare de Alcântara e Gare da Rocha Conde de Óbidos.

Carlos Correia falava aos jornalistas durante a apresentação à imprensa do Centro Interpretativo “Os Murais de Almada nas Gares Marítimas”, a abrir ao público em fevereiro de 2025, que decorreu hoje em Lisboa.

O presidente da Administração do Porto de Lisboa adiantou que um dos principais objetivos é tornar aquele espaço “dinâmico e atrativo” e, por isso, uma das componentes que o centro interpretativo irá ter é “a criação de um restaurante, que será equipado, ou dotado, à época da criação das gares e dos painéis, portanto, todo em arte Déco, de forma a que as pessoas que visitam o Centro Interpretativo e os painéis possam frequentar esse restaurante e se sintam imbuídos do espírito da época”.

O restaurante vai ser no edifício da gare de Alcântara e terá uma esplanada nos varandins que em tempos serviram pra as pessoas se despedirem ou esperarem a chegada dos seus familiares de barco.

Segundo o responsável, o restauro dos painéis da Rocha do Conde de Óbidos deverá terminar no próximo mês, ao passo que os de Alcântara deverão começar entre janeiro e fevereiro do próximo ano.

Previamente, será necessário fazer algumas intervenções, designadamente na impermeabilização da cobertura e na passagem das escaleiras.

“Neste edifício, à altura da construção, todo o sistema de drenagem era anterior ao próprio edifício, e nós vamos ter que passar esse sistema de drenagem para fora do edifício, por forma a evitar infiltrações que comprometam depois o restauro dos próprios painéis”, acrescentou.

Neste momento estão a ser restaurados os painéis da gare da Rocha do Conde de Óbidos, que deverão ficar concluídos no final deste ano, disse o responsável, adiantando que os restantes vão ser alvo de trabalhos de restauro durante o próximo ano, após a abertura ao público.

“Iremos criar aqui uma situação, em que os painéis estão a ser restaurados progressivamente e as pessoas também podem assistir e perceber o que é que isso significa, esse trabalho minucioso e artístico que é restaurar estes painéis”, adiantou aos jornalistas.

O Centro Interpretativo das Gares Marítimas de Lisboa – “Os Murais de Almada nas Gares Marítimas” – abre ao público em fevereiro de 2025, tornando acessíveis os 14 painéis de Almada Negreiros, restaurados, fazendo daquele um polo cultural que liga Alcântara a Belém.

O projeto foi apresentado hoje pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, e pelos promotores, a Administração do Porto de Lisboa, a Câmara Municipal de Lisboa e a Associação Turismo de Lisboa.

Os painéis de Almada Negreiros constituem o maior conjunto de pintura mural portuguesa do século XX e a expressão máxima do modernismo português, como destacou o ministro.

A coordenação de conteúdos do Centro Interpretativo está a cargo de Mariana Pinto dos Santos, historiadora da arte e curadora independente e investigadora do Instituto de História da Arte da NOVA Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.

Colaboram no projeto a família de Almada Negreiros, o Centro de Estudos e Documentação Almada Negreiros – Sarah Affonso (NOVA FCSH), o Instituto de História da Arte da NOVA FCSH, o Laboratório HERCULES, a Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, a Fundação Calouste Gulbenkian, a RTP, o Arquivo Municipal de Lisboa e o Museu Nacional de Arte Antiga.

Ler artigo completo