Acompanhe aqui os discursos dos 50 anos do 25 de abril no Parlamento

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Economia 50 anos do 25 de abril

Ao minutoAtualizado há 2 min12h32

Estamos a acompanhar os discursos dos partidos com assento parlamentar e do Presidente da República na sessão solene de comemoração dos 50 anos do 25 de abril.

há 6 min.12h29

Mariana Mortágua critica “carpideiras do salazarismo” e pede “manifesto pelo futuro”

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, criticou hoje as "carpideiras do salazarismo", avisando que "os saudosistas são perigosos porque vivem para a mentira" e pedindo um "manifesto pelo futuro" com alertas sobre o capitalismo.

"Dizem-nos agora alguns, saídos do armário ao fim de 50 anos, que a revolução foi supérflua e um exagero, que afinal a chibata sempre educa, a masmorra moraliza e o lápis azul ilustra. As carpideiras do salazarismo não são perigosas pela nostalgia desse passado: não será reconstruído nenhum império, o Tarrafal fechou para sempre e o Aljube e Peniche são agora museus que devem ser visitados", defendeu Mariana Mortágua, na sessão solene comemorativa do cinquentenário do 25 de Abril, na Assembleia da República.

A deputada bloquista avisou que "os saudosistas são perigosos porque culpam a democracia e a Constituição pela pobreza que persistiu, pelo amargo das promessas não cumpridas e pela corrupção que grassa nas privatizações, nas portas giratórias, no financiamento dos próprios partidos da oligarquia", alertando que "vivem para a mentira".

Na sua primeira intervenção numa sessão solene da revolução dos cravos enquanto coordenadora do BE, Mortágua lembrou a ditadura de Salazar e um país que "se vergou à tristeza, à emigração forçada, à maldita guerra e à secundarização das mulheres".

"O nosso país só foi salvo pela revolução do 25 de Abril", salientou, recusando que este dia seja "uma consolação para um tempo encerrado".

"O que trago aqui, em nome do Bloco de Esquerda, num abraço com todas e todos os democratas, é um alerta sobre o presente para um manifesto pelo futuro. O que nos assombra chama-se capitalismo", considerou.

Para a coordenadora do BE, o capitalismo "é o poder que transforma tecnologias em ameaças, que sacrifica imigrantes para beneficiar os que exploram a sua ilegalização, que destrói o planeta de amanhã em nome dos dividendos de hoje".

"É o capitalismo que faz da casa um ativo financeiro e um lugar inatingível, que ataca a democracia com discursos de ódio, que chama mérito à injustiça social, que nos impõe a caricatura individualista de nós mesmos e nos reduz à condição de consumidor ou de contribuinte para assim nos proibir de imaginar o futuro coletivo, porque esse ao mercado pertence", enumerou.

Mortágua salientou que "a liberdade é também e só o é plenamente, na definição dos nossos objetivos comuns" e que "a nossa liberdade começa onde começa a liberdade dos outros".

"É sobre isso este dia de hoje. Não uma consolação, mas a inspiração para um tempo aberto. Ousamos imaginar esse futuro", afirmou.

A coordenadora bloquista defendeu que futuro "é garantir trabalho digno", "libertar a criatividade e ter tempo para viver".

"Por isso, contra a exploração que se moderniza mas que não se ameniza, afirmamos o direito ao salário e ao descanso. O futuro é decidir os objetivos sociais do esforço comum, e por isso, contra a mão invisível que dilacera o que é de todos, afirmamos a planificação ecológica", defendeu.

Lusa

há 14 min.12h21

PCP pede que se retome "esperança em Abril" e critica quem "tudo faz para destruir conquistas"

O secretário-geral do PCP criticou hoje uma minoria "que tudo fez e faz para destruir conquistas e recuperar o poder perdido", procurando "falsificar e reescrever a história", e pediu que se retome "a esperança em Abril".

Num discurso na sessão solene do 25 de Abril, no parlamento, Paulo Raimundo salientou que, há 50 anos, a Revolução dos Cravos "consagrou liberdades concretas e abriu portas à democracia política, social, económica e cultural".

"Consagrou direitos políticos, sociais, laborais e civilizacionais, redistribuiu a riqueza de forma mais justa, impôs a justiça social, a igualdade, a terra a quem a trabalha, libertou o país do domínio monopolista, construiu o poder local e a autonomia regional, consagrou na lei a igualdade entre homens e mulheres e pôs fim a guerra colonial", afirmou.

Segundo o líder comunista, a Revolução "optou por uma sociedade ao serviço da maioria em confronto com os interesses de uma minoria".

"Essa revolução que fez tudo e faz para destruir conquistas e recuperar o poder perdido, que tudo fez e faz para falsificar e reescrever a História. Revolução que foi sonho, realização e construção, foi valores e esperança numa vida melhor que a contrarrevolução e a política de direita procuram negar", criticou.

Para Paulo Raimundo, "Abril não é a maioria dos jovens ganharem mil euros de salário por mês", é "a juventude ter condições de viver, trabalhar e fazer a sua vida no seu próprio país".

"Abril é SNS e garantir, a partir dele, acesso a todos à saúde. É o direito à escola pública e aos mais elevados níveis de ensino para todos. É o direito à habitação, não à proteção da banca e dos especuladores", frisou.

Abril, prosseguiu, "é contra todo o tipo de discriminações" e "rejeita o ódio, o racismo e a xenofobia", além de ter libertado "o país do fascismo e desse regime de corrupção organizada e silenciada".

"Abril é o caminho que é necessário retomar, pondo fim ao ciclo da política de direita que tem conduzido o país a crescentes desigualdades. Este é o grande desafio que está colocado aos democratas e patriotas, aos trabalhadores e ao povo, a todos os que cá vivem e trabalham", afirmou.

Isso, considerou o líder comunista, "é acima de tudo uma tarefa da juventude, dos que nasceram e cresceram depois da Revolução, dos filhos da madrugada".

"A tarefa de tomarem nas suas mãos a concretização desse Abril dos direitos, sonhos e realização", afirmou.

Lusa

há 15 min.12h20

Rui Tavares lembra “a mais bela revolução do século XX” e pede “país cheio de desejos de objeto político”

O porta-voz do Livre lembrou hoje o 25 de Abril de 1974 como a "mais bela revolução do século XX", data que considerou única, apelando a um país "cheio de desejos de objeto político" contra os inimigos da revolução.

"A razão pela qual o 25 de Abril deu a volta ao mundo é porque foi a mais bela revolução do século XX, e é nossa", considerou Rui Tavares, na Assembleia da República, onde decorre na sessão solene comemorativa do cinquentenário do 25 de Abril de 1974.

Numa intervenção fortemente aplaudida pela bancada do Livre mas também do PS, Rui Tavares afirmou que houve vários marcos importantes após o 25 de Abril, mas salientou que são incomparáveis "com o dia que os criou".

Tavares alertou que quem "deseja o poder" quer sempre "estar nas bocas do mundo" e para isso, "a melhor maneira é menosprezar ou profanar o 25 de Abril".

"Por isso, peco-vos, não lhes demos esse prazer", apelou, defendendo que "é enchendo o país de objetos de desejo político" que o país poderá continuar a "sonhar abril".

Lusa

há 27 min.12h08

CDS-PP recusa “revisitar heranças coloniais” e destaca 25 de Novembro

O líder parlamentar do CDS-PP rejeitou esta quinta-feira "revisitar heranças coloniais" e "deveres de reparação", considerou que Portugal "não mudou de regime para ser um Estado insolvente" e destacou o 25 de Novembro.

Paulo Núncio afirmou que o CDS-PP não sente "necessidade de revisitar heranças coloniais". "Não queremos controvérsias históricas nem deveres de reparação que parecem importados de outros contextos fora do quadro lusófono", indicou.

"A história é a história, e o nosso dever é o futuro, construído e alicerçado entre estados soberanos espelhados pelos quatro continentes sem discriminações ou preconceitos entre os hemisférios norte e sul, desde o ocidente ao oriente", defendeu.

Na terça-feira, o Presidente da República reconheceu responsabilidades de Portugal por crimes cometidos durante a era colonial e sugeriu o pagamento de reparações pelos erros do passado.

No seu discurso, o líder parlamentar centrista saudou a criação pelo Governo PSD/CDS-PP de uma comissão para a comemoração dos 50 anos do 25 de Novembro.

"Em 2024 celebramos os 50 anos do 25 de Abril. Em 2025 vamos finalmente celebrar, e não esquecer, os 50 anos do 25 de Novembro, recordando a Fonte Luminosa, em Lisboa, e o levantamento democrático que venceu os extremismos", apontou.

Paulo Núncio considerou que esta foi uma data "fundamental para a liberdade e a democracia plenas", marcante para a História do país, e defendeu que as comemorações devem ser "justas, plurais e de âmbito nacional, feitas com militantes e civis, das instituições às escolas".

"Celebrar o 25 de Abril não esquecendo o 25 de Novembro é uma questão de memória histórica e de sentido de gratidão. Se com o 25 de Abril caiu o Estado Novo, o 25 de Novembro trouxe a democracia e a liberdade plenas", salientou.

O deputado do CDS-PP afirmou também que "Portugal não mudou de regime para ser um Estado insolvente", nem para "ser um dos países comparativamente mais pobres da Europa".

Paulo Núncio considerou igualmente que "Portugal não mudou de regime para ter a taxa de emigração de jovens mais elevada da Europa e uma das maiores do mundo" nem para "promover o suicídio assistido e a eutanásia".

Lusa

há 41 min.11h54

PAN adverte que direitos estão a ser postos em causa e pede que se defenda "voz de Abril"

A porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, advertiu esta quinta-feira que os direitos humanos estão a ser postos em causa e defendeu que é hora de o país se "erguer contra aqueles que procuram silenciar a voz de Abril".

Num discurso na sessão solene comemorativa do 25 de Abril, no parlamento, Inês de Sousa Real defendeu que a "música da liberdade" que tocou há 50 anos inspirou o país a lutar "por melhores condições de vida, pelos direitos humanos e justiça social" e deixou um legado "que hoje assume nova dimensão perante os grandes desafios" contemporâneos, como as guerras, as alterações climáticas ou "a ascensão de forças políticas que põem em causa direitos humanos".

"À medida que ouvimos a música que hoje toca, somos confrontados com uma realidade que nos preocupa profundamente, que se espalhou pela Europa e que hoje se espalha por Portugal. Casa a casa, rua a rua", destacou.

A porta-voz do PAN frisou que "os direitos conquistados aos poucos, e subtilmente, estão a ser postos em causa, não apenas os direitos das mulheres, dos mais vulneráveis, mas também os direitos dos animais e o respeito pela natureza".

"A revolução da empatia exige que nos ergamos em defesa desses direitos, que nos tornemos capitãs e capitães, defensores da liberdade e da dignidade de todos os seres vivos", sustentou.

Para Inês de Sousa Real, "é também chegada a hora de uma nova música, desejada por tantas e tantos, uma música que leve Abril à natureza", que leve "em direção a um futuro promissor para todas e todos, a uma revolução que trave o declínio da biodiversidade, que promova a abolição de atividades cruéis para com os animais e o direito a viverem em liberdade no seu habitat natural".

"É hora de sintonizar uma nova música da liberdade, de nos erguermos contra aqueles que procuram silenciar a voz de Abril", afirmou.

A porta-voz do PAN sustentou que não se pode permitir que, "volvidos 50 anos do 25 de Abril, se silencie a voz e o caminho do progresso e se veja incutir novamente a cultura do medo, do medo pelos direitos" que a mulheres conquistaram desde Abril" ou "os direitos que garantem a igualdade e a inclusão".

Sousa Real acrescentou que não se pode permitir "que construíam trincheiras" e se alimente a ideia de que se tem de "ser uns contra os outros".

"Abril deu-nos o direito de viver desassombrados do medo. Cantemos por isso Abril e não deixemos que nos tirem a liberdade e a esperança de sonhar e acreditar numa sociedade melhor para todas e todos sem exceção", afirmou.

Não se pode permitir, prosseguiu a líder do PAN, "que a música da liberdade pare e que a voz de Abril fique silenciada".

"O poder de manter viva a chama e a música de Abril está em todas e todos nós. Contam com o PAN para continuar a cantar, com novas estrofes, a música de Abril e lutar por um país que respeite as pessoas, os animais e a natureza", concluiu, num discurso aplaudido pelas bancadas da esquerda.

Lusa

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