Adjunto de Leitão Amaro defende Maria João Avillez e critica CCPJ

O Adjunto do Gabinete do ministro da Presidência, João Gonçalves, reagiu, no LinkdIn, à notícia de que a Comissão da Carteira Profissional de Jornalista pondera apresentar queixa contra Maria João Avillez por usurpação de funções, depois desta ter entrevistado o primeiro-ministro Luís Montenegro.

Para o responsável político, o facto de Maria João Avillez, de 79 anos, não possuir carteira profissional de jornalista desde 2008 e ter sido apresentada como jornalista, pela SIC, na entrevista ao Chefe de Estado, não é uma questão, uma vez que esta "possui outras características", como, por exemplo, ser "uma Senhora".

"Um jornal faz hoje título de uma peça com a circunstância de Maria João Avillez ser ex-jornalista e não possuir esse Óscar vicentino que é a carteira de jornalistas. Podiam acrescentar que possui outras características. É, nomeadamente, uma Senhora, uma categoria que não precisa de carteira. Ou se nasce com ela, ou nunca na vida se adquire", ironizou o adjunto de Leitão Amaro.

As declarações do social-democrata, que surgem depois de, já esta semana, o primeiro-ministro também ter tecido algumas críticas ao "jornalismo ofegante" que defende ser feito hoje em dia, estão a gerar muita controvéria. Tanto, que a publicação parece ter sido apagada.

Recorde-se que, esta quinta-feira, a presidente da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) admitiu que o órgão pode avançar com uma queixa, no Ministério Público (MP), contra Maria João Avillez (e contra a SIC) por "eventual crime de usurpação de funções", uma vez que foi identificada como jornalista na transmissão da entrevista ao primeiro-ministro, apesar de não ser detentora da carteira de jornalista desde 2008.

— Susana Peralta (@speraltalisboa) October 9, 2024

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