Administradores Hospitalares: Concentração de serviços de obstetrícia "pode fazer sentido"

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19 ago, 2024 - 17:41 • Anabela Góis , com redação

Xavier Barreto dá o exemplo da procriação medicamente assistida, “uma área muito carenciada em que vários hospitais têm dificuldade em responder”.

O presidente da Associação de Administradores Hospitalares, Xavier Barreto, admite que a concentração de serviços de obstetrícia - e não apenas de urgências obstétricas - pode ser uma possibilidade para resolver a atual crise provocada pela falta de especialistas no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Em declarações à Renascença, Xavier Barreto diz que há vários modelos possíveis, desde que exista fundamentação técnica.

“Esta ideia de concentração dos serviços como um todo é uma ideia muito lata e cabe aqui muita coisa, é preciso ver em detalhe. Ela pode fazer sentido em áreas muito especializadas na obstetrícia. Pode haver aí margem para concentração, mas teremos de esperar pelos resultados desse grupo de trabalho que foi criado. A sua decisão será fundamentada em aspetos técnicos, é disso que estamos à espera, e depois há um plano político da discussão.”

Segundo Xavier Barreto, em áreas altamente especializadas da obstetrícia a concentração pode fazer sentido e dá o exemplo da procriação medicamente assistida, “uma área muito carenciada em que vários hospitais têm dificuldade em responder”.

As recomendações do grupo de trabalho criado deverão ser reveladas em outubro, anunciou esta segunda-feira a ministra da Saúde, à margem de uma visita ao Hospital da Prelada, no Porto, onde foi inaugurado o segundo Centro de Atendimento Clínico do país, que visa retirar os utentes com pulseiras verdes e azuis das urgências hospitalares.

Ana Paula Martins admite a concentração dos serviços de obstetrícia e declarou que é preciso avançar para uma "reorganização".

A ministra adiantou que a solução não passa apenas por "encerramentos ou concentrações". "Há muitas outras medidas que temos que ter para garantir que as nossas equipas querem ficar no nosso Serviço Nacional de Saúde", referiu a ministra da Saúde, sem especificar.

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