ADN | Um regresso tantas vezes ambicionado

Com o início do Euro 2024 ao virar da esquina, está na altura de conhecer todas as 24 equipas que vão participar no maior torneio de seleções do Velho Continente. Durante os dias que antecedem o pontapé de partida, o zerozero apresenta-lhe o perfil de cada seleção, assim como a sua figura e técnico.

Dinamarca, Sérvia, Inglaterra e Eslovénia. O sorteio não foi «amigo» para nenhuma destas seleções, pois o Grupo C é um dos mais complicados desta competição. Inglaterra parte como a grande favorita, porém, os restantes conjuntos possuem argumentos suficientes para terem uma palavra a dizer na qualificação para a próxima fase da prova.

Falemos da Eslovénia, que está de regresso aos grandes palcos europeus e de ambição reforçada. A última vez que conseguiram a qualificação para uma fase final remonta para o ano de 2000, quando acabaram a fase de grupos com dois empates e uma derrota. Desde então, nunca repetiram a proeza. 2024, no entanto, é uma história diferente.

A fase inicial juntou as seleções da Dinamarca, Finlândia, Cazaquistão, Irlanda do Norte e São Marino. Os eslovenos acabaram por somar apenas dois desaires, diante da Finlândia e Dinamarca, juntamente com um empate. O resto? Sete vitórias, que garantiram o segundo lugar do grupo em igualdade pontual com a Dinamarca, a primeira classificada.

Uma estrela e um jovem em ascensão

Para tal, Matjaz Kek aposta com regularidade num esquema tático composto por quatro defesas, quatro médio e dois pontas-de-lança fixos, que servem como referência para os restantes companheiros. A baliza acaba por ser a posição mais «fácil» de decidir, uma vez que Jan Oblak (Atlético de Madrid), salvo alguma contrariedade de última hora, será dono e senhor do posto. 

O quarteto defensivo, por sua vez, terá Žan Karničnik no lado direito, depois da melhor temporada da carreira a nível de números: participação em 16 golos do NK Celje. Miha Blazic (Lech Poznan) e Jaka Bijol (Udinese) estarão encarregues da posição central, enquanto Erik Janza (Górnik Zabrze) será o dono da ala esquerda.

No meio campo, Jan Mlakar (Pisa) e Adam Cerin (Panathinaikos) têm a responsabilidade de segurar as investidas contrárias e povoar o miolo esloveno. Nas alas, a polivalência de Petar Stojanovic (Sampdoria), defesa direito que também pode pisar terrenos adiantados, é uma mais valia, assim como Timi Elšnik (Olimpija Ljubljana), avançado de 26 anos que possui boa capacidade de finalização e chegada ao último terço contrário.

No ataque, chegam os jogadores mais conhecidos. Benjamin Sesko, jovem promessa de 21 anos que está a ser apontado com insistência ao Arsenal, é outras das figuras da Eslovénia, depois de uma temporada com 18 golos e duas assistências com a camisola do RB Leipzig. Ao seu lado surge Andraz Sporar, que chegou a passar pelo Sporting e SC Braga, entre 2019 e 2021. 13 remates certeiros no Panathinaikos, da Grécia, tornam-no num alvo a abater.

Terminamos esta análise com uma referência a Josip Iličić. Outrora um dos jogadores mais entusiasmantes do campeonato italiano, passou por alguns problemas de foro mental e regressou à seleção passados três anos. No primeiro amigável... marcou um bonito golo, apesar de ter estado em ação pouco mais de 30 minutos. Um suplente de luxo! Seja bem-vindo de volta, Josip Iličić.