Alemanha defende que tarifas impostas à China “não são castigo”

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Ainda antes da visita do ministro alemão, a China deixou o alerta de que um aumento das políticas no âmbito deste tema podem levar os dois blocos a entrar numa guerra comercial. 

A Comissão Europeia anunciou, este mês, tarifas provisórias à China relativamente aos automóveis provenientes daquele país. Agora, poucos dias depois da entrada em vigor da proteção ao bloco comunitário, o ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, vem a público esclarecer que estas tarifas “não são um castigo” para a China.

As palavras de Habeck foram, segundo a “Reuters”, proferidas durante uma visita à China, a primeira de um representante da UE desde que Bruxelas impôs as tarifas sobre as importações de veículos elétricos fabricados na China, que o bloco considera ter subsídios excessivos para ajudar à redução do preço.

Ainda antes da visita do ministro alemão, a China deixou o alerta de que um aumento das políticas no âmbito deste tema podem levar os dois blocos a entrar numa guerra comercial.

“É importante compreender que não se tratam de tarifas punitivas. A Europa faz as coisas de forma diferente”, referiu, em reação às severas tarifas já aplicadas por países como EUA, Brasil e Turquia perante a China. De facto, a última vez que se falou numa guerra comercial, o termo envolvia os Estados Unidos e a China, em 2019.

Uma investigação de Bruxelas evidenciou que várias empresas chinesas beneficiaram, injustamente, de subsídios. Habeck defendeu, na mesma visita, que “devem ser alcançados padrões comuns e iguais para o acesso ao mercado”.

Um estudo divulgado na sexta-feira evidenciou que os fabricantes chineses de veículos elétricos receberam 215,3 mil milhões de euros entre 2009 e 2023, em subsídios governamentais. Este mesmo estudo surge depois dos Estados Unidos terem quadruplicado para 100% as taxas alfandegárias sobre este tipo de veículos e da Comissão Europeia ter anunciado taxas adicionais de 21%.

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