Alimentos ultra-processados devem ter avisos semelhantes ao tabaco

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Docente Carlos Moreira da Universidade de São Paulo considera que este tipo de alimentos estão a apoderar-se da dieta, representando um risco para a saúde humana por conta do aumento das doenças crónicas.

O professor da Universidade de São Paulo, Carlos Monteiro, defendeu, ao jornal “The Guardian“, a inclusão de avisos nos alimentos ultra-processados, tal como acontece com o tabaco. O docente defendeu também a proibição deste tipo de produtos em unidades de saúde, uma tributação elevada para estes alimentos e que o uso dessas receitas deveria ir para a substituição destes por produtos mais saudáveis.

Esta posição faz parte de uma intervenção que o docente da Universidade de São Paulo terá realizado no Congresso Internacional sobre Obesidade, que se realiza esta semana.

“Os alimentos ultra-processados estão a aumentar a sua participação e domínio nas dietas, apesar do risco que representam para a saúde em termos de aumentar o risco de múltiplas doenças crónicas”, disse Carlos Monteiro, ao “The Guardian”.

O docente considera que os alimentos ultra-processados estão a substituir produtos mais saudáveis e a causar uma “deterioração na qualidade da dieta”, sendo um contributo para a “impulsionar a pandemia da obesidade e de outras doenças crónicas relacionadas com a alimentação, como a diabetes”, defendeu o professor ao “The Guardian”.

O jornal referiu que, no Reino Unido e nos Estados Unidos da América, mais de metade da dieta média inclui alimentos ultra-processados, e que para os mais jovens mais pobres ou provenientes de áreas desfavorecidas esse valor pode ir até aos 80%.

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